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Indústria

- Publicada em 19 de Abril de 2016 às 19:04

Pessimismo dos industriais cresce outra vez

 INDÚSTRIA, LINHA DE PRODUÇÃO.  FOTO DA CAPA    FÁBRICA DA AGCO EM CANOAS

INDÚSTRIA, LINHA DE PRODUÇÃO. FOTO DA CAPA FÁBRICA DA AGCO EM CANOAS


CLAITON DORNELLES/JC
Depois de cinco altas consecutivas, e de alcançar, em março, o maior nível em 14 meses (40,6 pontos), o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei-RS), divulgado pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), voltou a cair em abril. Atingiu 39,5 pontos, o que faz o ciclo de falta de confiança chegar a 25 meses. "O curto período de aumento da confiança, decorrente do ajuste nos estoques e da desvalorização cambial, não se sustentou. Os fracos resultados do setor no início do ano e o agravamento da crise econômica e política foram determinantes para que o indicador voltasse a cair", explica o presidente da Fiergs, Heitor Müller. Todos os componentes do Icei-RS - as condições atuais e, especialmente, as expectativas - recuaram.
Depois de cinco altas consecutivas, e de alcançar, em março, o maior nível em 14 meses (40,6 pontos), o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei-RS), divulgado pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), voltou a cair em abril. Atingiu 39,5 pontos, o que faz o ciclo de falta de confiança chegar a 25 meses. "O curto período de aumento da confiança, decorrente do ajuste nos estoques e da desvalorização cambial, não se sustentou. Os fracos resultados do setor no início do ano e o agravamento da crise econômica e política foram determinantes para que o indicador voltasse a cair", explica o presidente da Fiergs, Heitor Müller. Todos os componentes do Icei-RS - as condições atuais e, especialmente, as expectativas - recuaram.
Também houve queda de 0,8 ponto no indicador de condições atuais, de 33,6, em março, para 32,8 pontos, em abril. Isso revela uma deterioração adicional no cenário já bastante negativo. Em relação à economia brasileira, esta reavaliação foi particularmente acentuada: caiu de 24,5 para 21,3 pontos, refletindo um alto percentual, 82,4%, de empresários que ainda percebem piora no quadro. Apenas 1,2% acreditam que a situação está melhor. Quando a pesquisa abrange o Rio Grande do Sul, os empresários também veem queda: de 24,8 pontos, em março, para 23,6, em abril. Na percepção dos pesquisados, apenas as condições para as empresas subiram um pouco: o índice foi a 38,7 pontos, quando no mês anterior alcançou 38,2.
As expectativas também pioraram para os próximos seis meses, com o indicador recuando de 44,2 para 43 pontos entre março e abril. O pessimismo continua bem mais intenso no componente que mede a economia brasileira: caiu de 32,7 para 30,8 pontos. A parcela de empresários pessimistas (60,4%) é bem maior do que a de otimistas (6,2%). Já as expectativas com as próprias empresas voltaram a ficar negativas, de 50,1 para 49 pontos.
O indicador é elaborado mensalmente pela entidade, baseado em quatro questões: duas referentes às condições atuais e duas referentes às expectativas para os próximos seis meses com relação à economia brasileira e à própria empresa.

Sartori tenta destravar investimento em nova planta de celulose no Estado

O governador José Ivo Sartori reuniu-se, nesta terça-feira, com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, em Brasília. O tema do encontro foi a liberação da posse de imóveis rurais por empresas brasileiras, mesmo que constituídas com capital estrangeiro em áreas de fronteira. O Rio Grande do Sul acumula grande vocação e dependência socioeconômica da agroindústria, setor que historicamente contou com fluxos de capitais de outros países.
"É incontestável que a atividade industrial que processa matérias-primas de origem agropecuária necessita de rígido controle de produção, tanto no que diz respeito aos aspectos qualitativos e quantitativos, como em relação aos custos de produção, sem o que dificilmente se viabiliza", defendeu o governador. O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Fábio Branco, acompanhou Sartori.
Com base nesse aspecto, Sartori solicitou ao ministro que estude uma forma para que a base legal em vigor seja flexibilizada para projetos que somem valor social e econômico, principalmente em regiões pouco desenvolvidas. "Isso certamente precisa ser conduzido de forma ambientalmente sustentável, sem comprometer a soberania nacional no que tange aos recursos fundiários", ponderou o governador.
A comitiva gaúcha fez referência principalmente à indústria de celulose que guarda grande dependência de cultivos florestais próprios, atividade que se caracteriza por apresentar retorno de longo prazo, o que a torna pouco atrativa aos produtores rurais. "Trazemos este assunto porque nosso governo está empenhado na viabilização de nova unidade industrial no Estado, que projeta investimentos da ordem de R$ 10 bilhões (US$ 2,5 bilhões), constituindo-se na maior aplicação em perspectiva no Rio Grande do Sul", apontou Fábio Branco.
Para viabilizar o projeto, é necessário adquirir novas áreas rurais para o cultivo de eucalipto, o que é vedado desde 2010, nos termos do Parecer CGU/AGU nº 001/2008, já que o controle da empresa investidora é estrangeiro. Ainda segundo o secretário, além do projeto de celulose, o Estado conta com pelo menos outras cinco intenções de investimento para produção de pellets (biocombustível) de madeira, visando à exportação para a Europa.