Projetos gaúchos têm terceiro maior volume em leilão

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) habilitou 802 projetos para o leilão A-5 (cinco anos para a entrega da produção de energia), previsto para ocorrer no dia 29 de abril. Desse número, 89 são empreendimentos a serem construídos no Rio Grande do Sul que implicam uma capacidade instalada de 3,26 mil MW (cerca de 80% da demanda média de eletricidade do Estado). Em volume de energia, os gaúchos somente foram superados pela Bahia (6.159 MW) e Rio Grande do Norte (4.169 MW).

São 80 projetos eólicos (1.834 MW) previstos no Rio Grande do Sul, cinco de pequenas centrais hidrelétricas (62 MW), uma termelétrica a biomassa (37 MW) e três usinas a carvão (1.327 MW). Ao todo, através de complexos distribuídos pelo Brasil, no certame serão 29.628 MW de capacidade instalada ofertados de variadas fontes, sendo a principal a eólica, com 17.131 MW oriundos de 693 projetos. Duas hidrelétricas vão participar do leilão, somando 111 MW, além de 52 pequenas centrais hidrelétricas; 40 termelétricas a biomassa; nove termelétricas a gás natural; cinco termelétricas a carvão; e uma termelétrica a biogás.

A habilitação é um dos últimos passos antes da disputa do leilão, sucedendo o cadastramento (um processo inicial, sem tanto comprometimento dos empreendedores). A EPE havia cadastrado 1.055 empreendimentos interessados em participar no leilão e ao todo os projetos somavam 47.618 MW em oferta de eletricidade. O Rio Grande do Sul, naquela fase, registrou a inscrição de 128 iniciativas, que alcançavam 4.634 MW. No momento da habilitação, houve a desistência de 38 projetos eólicos e de uma termelétrica a carvão que seriam realizados no Estado.