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Economia

- Publicada em 13 de Abril de 2016 às 17:57

Estado reduz doação de vacinas contra febre aftosa

 Vacinação contra a aftosa. Crédito Thais D'Avila - Imprensa Fundesa

Vacinação contra a aftosa. Crédito Thais D'Avila - Imprensa Fundesa


THAIS D'AVILA/IMPRENSA FUNDESA/DIVULGAÇÃO/JC
A vacinação contra a febre aftosa no Rio Grande do Sul terá início no próximo dia 1 de maio. Nesta etapa, todos os bovinos e bubalinos precisam receber a dose, quase 14 milhões de animais. A Secretaria da Agricultura anunciou ontem que produtores que possuem até 10 animais e estão enquadrados nos critérios do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e do Programa Estadual de Desenvolvimento da Pecuária de Corte Familiar (PecFam) receberão doses gratuitas da vacina.
A vacinação contra a febre aftosa no Rio Grande do Sul terá início no próximo dia 1 de maio. Nesta etapa, todos os bovinos e bubalinos precisam receber a dose, quase 14 milhões de animais. A Secretaria da Agricultura anunciou ontem que produtores que possuem até 10 animais e estão enquadrados nos critérios do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e do Programa Estadual de Desenvolvimento da Pecuária de Corte Familiar (PecFam) receberão doses gratuitas da vacina.
A decisão reduz o número de doses doadas - em 2015, foram gratuitas para criadores com até 30 animais. Apesar disso, segundo o governo do Estado, 38% dos pecuaristas gaúchos estão enquadrados para receber gratuitamente as vacinas. O Rio Grande do Sul é o único estado brasileiro a doar vacinas contra a febre aftosa. A campanha de imunização vai até o dia 31 de maio. Há 14 anos, o Estado é livre da doença - o último foco foi registrado em 2001.
Segundo o governo do Estado, devido à grave situação financeira das contas públicas, não haverá aquisição de novas vacinas. Desta forma, a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação irá utilizar as cerca de 900 mil vacinas que possui em estoque e que vão permitir a vacinação gratuita para produtores que possuem até 10 animais.
A partir desta realidade, a secretaria irá concentrar seus esforços nas ações de defesa sanitária. "Temos uma meta de avançar no status sanitário do Rio Grande do Sul, para que possamos, em um cenário até 2020, retirar a vacinação do rebanho gaúcho", afirma o secretário da Agricultura, Ernani Polo.
Para o presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), Rogério Kerber, com a redução no número de doses doadas, torna-se fundamental a conscientização dos produtores sobre a importância de realizar a imunização do rebanho. "A vacinação contra a aftosa é um compromisso do setor privado, sempre foi", afirma Kerber. Para o dirigente, toda a sociedade precisa compreender o momento em que vive o Estado. "A falta de recursos é concreta e afeta outras áreas importantes da vida da sociedade como as vacinas para as pessoas, os salários dos servidores públicos, e as condições de segurança. Temos que ter esta compreensão, como cidadãos."
O presidente do Fundesa salienta ainda que, independentemente de doses doadas, o Rio Grande do Sul precisa garantir um alto índice vacinal. "Além de realizar uma vacinação de qualidade, os produtores podem contribuir com a sanidade do rebanho notificando suspeitas e atuando em conjunto com a serviço oficial", explica Kerber.
Já o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva, demonstrou inconformidade com a nova redução na distribuição gratuita de doses da vacina contra a aftosa. "As agropecuárias não estão preparadas, vai faltar vacina, e o agricultor e pecuarista familiar terá que sair em busca do medicamento. Estávamos em tratativas com o governo, o qual dizia, em seu discurso, que era necessário aumentar os impostos para continuar garantindo os programas, inclusive os específicos da agricultura familiar", lamenta.
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