Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Mercado de Capitais

- Publicada em 11 de Abril de 2016 às 19:14

Fusão de Bolsa e Cetip reduzirá custos em 10%

 Coletiva BM&FBovespa e Cetip. Divulgação BM&FBOVESPA

Coletiva BM&FBovespa e Cetip. Divulgação BM&FBOVESPA


BM&FBOVESPA/DIVULGAÇÃO/JC
A fusão dos negócios entre a BM&FBovespa e a Cetip resultará em uma economia de despesas de 10% a partir do terceiro ano da combinação dos negócios. Essa redução deverá ficar concentrada nas áreas de suporte. "As sinergias virão das áreas de suporte, uma vez que as áreas de negócios são complementares. Esperamos uma sinergia de 10% das despesas no terceiro ano da operação", afirmou ontem Edemir Pinto, presidente da BM&FBovespa, em coletiva.
A fusão dos negócios entre a BM&FBovespa e a Cetip resultará em uma economia de despesas de 10% a partir do terceiro ano da combinação dos negócios. Essa redução deverá ficar concentrada nas áreas de suporte. "As sinergias virão das áreas de suporte, uma vez que as áreas de negócios são complementares. Esperamos uma sinergia de 10% das despesas no terceiro ano da operação", afirmou ontem Edemir Pinto, presidente da BM&FBovespa, em coletiva.
Também é esperada que a fusão resulte na criação de novos produtos e melhor alocação de recursos por parte dos clientes. "A motivação para a fusão não foi essa sinergia de despesa. Vamos ter muitas oportunidades de projetos que levarão ao crescimento combinado dessa companhia", afirmou Gilson Finkelsztain, presidente da Cetip.
A compra da Cetip pela bolsa foi anunciada na última sexta-feira e resultará em um desembolso de aproximadamente R$ 12 bilhões. Os acionistas da Cetip, que faz o registro de títulos de dívida e de financiamento de veículos (gravame), receberão a maior parte dos recursos (75%) e o restante em ações da BM&FBovespa, o que fará com que eles tenham 11,8% da empresa que surgirá da combinação entre os dois negócios.
Esse valor será ajustado pelos proventos pagos (dividendos e juros sobre o capital próprio) e o DI até a data da aprovação da fusão. Além disso, o valor a ser pago em dinheiro pode variar de acordo com a oscilação dos papéis da BM&FBovespa. Foi estabelecido um limite entre R$ 12,51 e R$ 16,75. Isso significa dizer que os acionistas da Cetip receberão, no mínimo, R$ 42,00 e, no máximo, R$ 48,51 por ação.
A assembleia extraordinária de acionistas das duas empresas para aprovar a fusão deve ocorrer em meados de maio. A operação também precisa ser aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e Banco Central (BC).
Para conseguir os cerca de R$ 9 bilhões para o pagamento da parcela em dinheiro aos acionistas da Cetip, a BM&FBovespa irá utilizar os recursos obtidos com a venda da participação na bolsa americana CME, anunciada na quinta-feira à noite. Essa operação irá render em torno de US$ 1,2 bilhão, o equivalente a cerca de R$ 4,3 bilhões.
Para chegar ao valor necessário, a bolsa irá fazer uma emissão de dívida. Segundo o presidente da BM&FBovespa, os bancos já aprovaram a operação, mas ainda não se sabe se a opção será por uma emissão no mercado interno (debentures) ou externo (bonds).
Edemir Pinto destacou ainda que, embora a fusão com a Cetip possa gerar uma redução de dividendos no curto prazo aos acionistas, no médio prazo isso tende a se normalizar, já que as duas companhias são grandes geradoras de caixa.

BM&FBovespa quer finalizar compra de fatias minoritárias na América Latina até fim do ano

A BM&FBovespa deve finalizar, até o final deste ano, a compra de fatias minoritárias em bolsas na América Latina, de acordo com o diretor-presidente da companhia Edemir Pinto. "A bolsa tem um projeto de internacionalização que segue em curso normal mesmo após o anúncio da fusão com a Cetip", explicou ele.
Na semana passada, a BM&FBovespa anunciou a aquisição de fatia minoritária de 4,1% na bolsa do México por R$ 136 milhões no âmbito do seu projeto de internacionalização pela América Latina. Antes, já havia comprado uma fatia na bolsa chilena, onde tem participação de 8%, mas tem ainda a meta de chegar a 10%.
A intenção da bolsa é ter fatia em cinco bolsas da América Latina até o limite permitido pela regulação local, que varia entre 5% e 15%. Além do Chile e México, faz parte dos planos a aquisição de fatias das bolsas de Peru, Colômbia e Argentina. Dentre as cinco, a bolsa do México é a que possui o maior volume. A BM&FBovespa tomou a decisão em seguir com seu projeto de internacionalização na América Latina em junho de 2014, momento em que dois bancos de investimento foram contratados.