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Economia

- Publicada em 10 de Abril de 2016 às 21:58

Fepam analisa extração de areia no Guaíba

Ação visa determinar possíveis impactos causados pela exploração

Ação visa determinar possíveis impactos causados pela exploração


JONATHAN HECKLER/JC
Jefferson Klein
O governo do Estado traz ao debate, mais uma vez, um tema que promete ser motivo de polêmica entre ambientalistas e empreendedores do ramo da mineração: um estudo para a retirada de areia do lago Guaíba. A presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e secretária do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável, Ana Pellini, ressalta que o trabalho não se trata de um zoneamento econômico-ecológico completo, e sim de uma pesquisa voltada exclusivamente para a extração de areia. A ação visa determinar os possíveis impactos no meio ambiente e em que locais poderá ser adotada a extração.
O governo do Estado traz ao debate, mais uma vez, um tema que promete ser motivo de polêmica entre ambientalistas e empreendedores do ramo da mineração: um estudo para a retirada de areia do lago Guaíba. A presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e secretária do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável, Ana Pellini, ressalta que o trabalho não se trata de um zoneamento econômico-ecológico completo, e sim de uma pesquisa voltada exclusivamente para a extração de areia. A ação visa determinar os possíveis impactos no meio ambiente e em que locais poderá ser adotada a extração.
A expectativa é que o levantamento seja concluído no primeiro semestre. Em 2015, a Fepam tentou avaliar a retomada, em caráter experimental, da extração no Guaíba. No entanto, o Ministério Público Estadual recomendou que o governo se abstivesse de emitir licença ambiental para atividade de pesquisa ou remoção de areia no local. Questionada se o nova iniciativa satisfará às exigências do Ministério Público, a secretária respondeu: "a gente vai apresentar para eles, aí que vamos saber".
Ana reitera que o governo está desenvolvendo estudos para ter um indicador de onde poderá ser retirada a areia do Guaíba, sem prejuízos para o meio ambiente. A secretária acrescenta que o Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae), que monitora a qualidade da água e a questão de sedimentos do lago, tem passado informações que possui em seu banco de dados. Outros elementos estão sendo colhidos da Corsan e do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). O plano de bacia do lago também será aproveitado.
Além disso, o Estado está adquirindo um ecobatímetro (equipamento de sondagem), que deverá chegar em até 30 dias. O aparelho, que custa aproximadamente R$ 1,5 milhão e contará com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), já é um interesse antigo do governo gaúcho, que queria comprar o ecobatímetro em 2013.
A presidente da Fepam reforça que o assunto é relevante e mexe com o mercado da construção civil. Conforme Ana, a areia no Rio Grande do Sul é cara e de baixa qualidade, sendo que a extração no rio Jacuí é limitada. A secretária adianta que as informações colhidas até agora levam a crer que, de uma maneira controlada e em pontos determinados, com as dragas monitoradas por GPS, será possível liberar a atividade no lago Guaíba.
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