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Agronegócios

- Publicada em 07 de Abril de 2016 às 17:49

Safra do País deve alcançar 209 milhões de toneladas

 COLHEITA DE LAVOURA DE SOJA EM IPIRANGA DO SUL, NORTE DO ESTADO. SOJA ? LAVOURA ? SAFRA ? COLHEITA. CRÉDITO MARCELO BELEDELI

COLHEITA DE LAVOURA DE SOJA EM IPIRANGA DO SUL, NORTE DO ESTADO. SOJA ? LAVOURA ? SAFRA ? COLHEITA. CRÉDITO MARCELO BELEDELI


MARCELO BELEDELI/ESPECIAL/JC
A produção de grãos da safra 2015/2016 deve chegar a 209 milhões de toneladas - aumento de 0,6% (1,3 milhões de toneladas) em relação à safra 2014/2015, que alcançou 207,7 milhões de toneladas. Os números são do 7º Levantamento da Safra de Grãos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quinta-feira. Houve redução, porém, de 0,6% em relação ao 6º Levantamento, que previa uma safra de 210,3 milhões de toneladas de grãos. Mesmo assim, a safra será recorde. Segundo a Conab, a queda da previsão se deve a adversidades climáticas nas fases finais das culturas.
A produção de grãos da safra 2015/2016 deve chegar a 209 milhões de toneladas - aumento de 0,6% (1,3 milhões de toneladas) em relação à safra 2014/2015, que alcançou 207,7 milhões de toneladas. Os números são do 7º Levantamento da Safra de Grãos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quinta-feira. Houve redução, porém, de 0,6% em relação ao 6º Levantamento, que previa uma safra de 210,3 milhões de toneladas de grãos. Mesmo assim, a safra será recorde. Segundo a Conab, a queda da previsão se deve a adversidades climáticas nas fases finais das culturas.
O diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, João Marcelo Itini, explica que a redução verificada está ligada à produção de soja. "O desempenho da lavoura foi abaixo do que se imaginava em algumas regiões, parte por excesso hídrico na região Centro-Sul. E agora o desempenho vegetativo na safra na região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí, Bahia) ainda está começando ou nem começou; o calendário está tardio, o déficit hídrico é evidente, então temos que adequar a produção a esse cenário", disse. A região de Matopiba é caracterizada pela expansão de uma fronteira agrícola baseada em tecnologias modernas de alta produtividade. A contribuição da região para a produção do País chega a 8%.
Marcelo Itini explica, entretanto, que a curva decrescente na produção era esperada e que a tendência de anos anteriores é que ela volte a crescer nos próximos levantamentos. "O espaço para fazer a verificação crescente dessa curva está no Matopiba, portanto vamos acompanhar o desempenho das lavouras lá, porque essa contribuição de 8% é muito expressiva", disse.
Segundo o levantamento da Conab, a produção de soja deve atingir 99 milhões de toneladas, 2,9 milhões a mais do que na safra anterior. O aumento foi possível por causa dos ganhos de área plantada de 3,2% ou 1 milhão de hectares.
Já o milho chegará a 84,7 milhões de toneladas, semelhante à produção de 2014/2015. A previsão para o milho primeira safra é de redução de 8,5% na produção, com estimativa de 27,5 milhões de toneladas, enquanto para o segunda safra a expectativa é de crescimento de 4,7%, devendo atingir 57,1 milhões e compensando a quebra do anterior.
Segundo a Conab, o feijão primeira safra recuperou a produtividade, o que deve se refletir em um aumento de 62,6 mil toneladas. A previsão é de um total de 1,2 milhão de toneladas contra 1,1 milhão da última safra, apesar da queda de 3,8% na área plantada, que deve alcançar 1 milhão de hectares.
No caso do arroz, há expectativa de queda de 10,2% na produção, em razão de uma área menor de plantio e a adversidades climáticas no Sul do País. As 12,4 milhões de toneladas de 2014/2015 caíram para 11,2 milhões nesta safra.
A área plantada prevista é 58,5 milhões de hectares. O espaço ocupado pelas principais culturas é 0,8% maior que o da safra 2014/2015, um aumento de 464,4 mil hectares sobre as 57,9 milhões anteriores. A soja é a cultura que garante mais de 56% da área cultivada do País.

No Estado, dados confirmam alta produtividade dos grãos

Os dados do 7º Levantamento de Safra da Conab confirmam a alta produtividade da safra de verão no Rio Grande do Sul. Principais culturas do ciclo, a soja e o milho devem render 7,2 mil e 2,8 mil quilos por hectare, crescimento, respectivamente, de 0,9% e 10% na comparação com 2014/2015, totalizando 15,6 e 6,2 milhões de toneladas. Com isso, o Estado deve fechar 2015/2016 com uma produção de 31,5 milhões de toneladas, pouco abaixo das 31,6 milhões de toneladas obtidas no ano passado.
No caso da soja, inclusive houve incremento de cerca de 400 mil toneladas em relação à projeção de 15,2 milhões de toneladas apresentada no último levantamento, com base de dados recolhida em fevereiro, o que já indicava a tendência de um recorde para a cultura. O quadro do milho não teve mudanças entre os dois levantamentos, sendo que, apesar de ocupar uma área menor, o grão segue mantendo os mesmos níveis de produção. A sétima pesquisa foi realizada entre os dias 13 e 19 de março. O patamar produtivo, apesar da leve retração na comparação com o ano passado, é considerado "ótimo" pelo superintendente regional da Conab, Glauto Melo Júnior.
Como os números divulgados em outros meses também haviam adiantado, a safra não será maior devido à queda de 3,4% na produção de trigo no Estado, além de uma retração de 9,6% no arroz, que teve problemas com enchentes durante a época de plantio e desenvolvimento dos grãos. No caso da cultura de inverno, que teve retração de quase 25% na área plantada, os triticultores garantiram 1,4 milhão de toneladas. Os orizicultores, mesmo com a colheita em andamento, tendem a confirmar uma safra de 7,7 milhões de toneladas. A safrinha do feijão, por sua vez, pode cair mais de 17%, abaixo de 280 mil toneladas.