Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Repórter Brasília

- Publicada em 13 de Abril de 2016 às 17:52

Problemas de contagem

Afonso Hamm

Afonso Hamm


LÚCIO BERNARDO JR/CÂMARA DOS DEPUTADOS/JC
O desembarque do PP acendeu um alerta vermelho no Planalto: a vitória do impeachment, vista como certa no plenário, está se confirmando como um sonho. A presidente Dilma Rousseff (PT) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniram com o núcleo duro do governo e previram que o impacto da saída não foi tão grande: na visão mais pessimista, significa 10 votos a menos. O PP já estava rachado quando o seu presidente, senador Ciro Nogueira, anunciou que ficaria no governo. A decisão de desembarcar foi tomada às pressas, sem todos os parlamentares da sigla presentes. Com isso, a guerra de versões se estende. O ministro-chefe do Gabinete Pessoal da Presidência, Jaques Wagner (PT), prevê que o impeachment seja enterrado com 213 votos. Com a saída do PP, esse número cai para 203. Já circula entre os parlamentares do PT uma soma de votos dados como certos com 186 deputados. Por outro lado, a oposição diz ter 390. Ou os números não batem ou dia 17 terá até morto votando. A votação começa com os deputados gaúchos. O primeiro será Afonso Hamm (PP) que já anunciou que vota pelo impeachment.
O desembarque do PP acendeu um alerta vermelho no Planalto: a vitória do impeachment, vista como certa no plenário, está se confirmando como um sonho. A presidente Dilma Rousseff (PT) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniram com o núcleo duro do governo e previram que o impacto da saída não foi tão grande: na visão mais pessimista, significa 10 votos a menos. O PP já estava rachado quando o seu presidente, senador Ciro Nogueira, anunciou que ficaria no governo. A decisão de desembarcar foi tomada às pressas, sem todos os parlamentares da sigla presentes. Com isso, a guerra de versões se estende. O ministro-chefe do Gabinete Pessoal da Presidência, Jaques Wagner (PT), prevê que o impeachment seja enterrado com 213 votos. Com a saída do PP, esse número cai para 203. Já circula entre os parlamentares do PT uma soma de votos dados como certos com 186 deputados. Por outro lado, a oposição diz ter 390. Ou os números não batem ou dia 17 terá até morto votando. A votação começa com os deputados gaúchos. O primeiro será Afonso Hamm (PP) que já anunciou que vota pelo impeachment.
Todas as motivações
No ano de 1992, o pedido de afastamento do então presidente Fernando Collor, hoje senador pelo PTC de Alagoas, tinha, de acordo com o senador gaúcho Lasier Martins (PDT), motivação política, e que a razão jurídica apontada à época era um mero pretexto. Para ele, hoje a situação é diferente, porque o processo de impeachment tem motivação tanto jurídica quanto política, que são as pedaladas fiscais, a dilapidação da economia e os estragos à ética. "O que se quer agora é a reação para sair do caos. A presidente abusou do direito de errar. Não mais inspira confiança para prosseguir", afirmou.
Estados no STF
Enquanto todas as atenções do Congresso estão no impeachment, os estados cansaram de esperar a votação do projeto de lei que alonga os prazos para pagamento das dívidas. O texto deveria ter sido votado 29 de março. Santa Catarina entrou no Supremo Tribunal Federal para impedir sanções caso os valores pagos sejam menores que os exigidos pela União. Depois foram Rio Grande do Sul e Goiás. A possível avalanche de ações fez com que o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, se encontrasse com o ministro do STF Edson Fachin, com a preocupação de que as ações gerem "riscos fiscais e macroeconômicos importantes".
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO