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- Publicada em 08 de Abril de 2016 às 13:46

Hegemonia mundial e evolução humana

abertura

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DIVULGAÇÃO/JC
As rodas da fortuna: Espiral da eternidade - Parte II (Editora AGE, 302 páginas) é a obra mais recente do escritor, engenheiro, empresário, cientista político e professor Felipe Daiello, autor de 10 livros publicados e que tem viajado pelo mundo, buscando novas experiências e conhecimentos.
As rodas da fortuna: Espiral da eternidade - Parte II (Editora AGE, 302 páginas) é a obra mais recente do escritor, engenheiro, empresário, cientista político e professor Felipe Daiello, autor de 10 livros publicados e que tem viajado pelo mundo, buscando novas experiências e conhecimentos.
Daiello escreveu obras como o romance de aventuras A revolução dos velhos (manual para alcançar a felicidade e a realização na vida madura) e Enfrentando os tubarões, com preciosas lições de sobrevivências para esses nossos tempos turbulentos. Depois de alguns livros infantis, Daiello lançou os contos eróticos que estão na obra Os segredos da fechadura.
As Rodas da Fortuna, que será lançado neste sábado, às 17h30min, na livraria Cameron do Shopping Bourbon Wallig, fala sobre a hegemonia mundial, trata dos jogos políticos, das ideologias e da evolução do conhecimento humano. Ao mesmo tempo envolvente e crítico, o texto, ao tratar de novelas históricas, traz a cena para os dias atuais ao abordar o caso-pesadelo Petrobras e mostra o caminho do dinheiro e dos ciclos de poder ao longo dos séculos. O livro é um complemento da trilogia iniciada em 2009 com a obra Enfrentando os tubarões.
Na apresentação, o escritor e pensador Percival Pugina registra: "autor e viajor, Felipe Daiello roda mundo com a acuidade e a prontidão do bom estudante. Não apenas lê. Vai e vê. Sente a história como algo que flui. E nesse corpo fluido de eventos dá vida a personagens que multiplicam seus pontos de vista. Aqui ele contempla o girar das rodas da fortuna. Por essas coisas do pensamento, vieram-me à mente aqueles jogos de armar nos quais uma tela inteira vem num saquinho de muitas peças misturadas para que, laboriosamente, o conjunto seja remontado... O leitor de As rodas da fortuna - Parte II conhecerá histórias incomuns, apresentadas como recortes da grande experiência humana".
Em síntese, o livro do professor Daiello mostra indivíduos, sociedades e nações que se desenvolveram mesmo enfrentando dificuldades, superando obstáculos, guerras e catástrofes. A obra destaca a evolução do conhecimento, à medida em que o universo se expande, e indica que a humanidade tem pressa de alcançar o seu futuro. Daiello contempla o girar das rodas da fortuna, que andam para frente, não se desviam para a direita ou para a esquerda, mas podem, por erros ou decisões equivocadas, travar ou mesmo, em giro contrário, esmagar os incompetentes e alienados.
Daiello alerta que muitos dirigentes e políticos, por decisões erradas e/ou ideologias fanáticas, tentam travar as rodas, causando prejuízos por má gestão e corrupção.

lançamentos

 treze

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DIVULGAÇÃO/JC
  • O triste fim do Menino Ostra e outras histórias (Girafinha, 124 páginas, tradução de Márcio Suzuki) traz poemas do diretor de cinema e artista Tim Burton, com ilustrações de próprio punho, mostrando de forma livre seu imaginário. Doçura e tragédia da vida, é a essência do grande cineasta de Batman, Alice no País das Maravilhas e A fantástica fábrica de chocolate.
  • O poeta sem livro e a pietá indígena (Editora Unicamp, 214 páginas), do professor Wilton José Marques da pós-gradução da UFSCar, trata do poeta Firmino Rodrigues Silva (1815-1879), autor de Nênia à morte do meu bom amigo o Dr. Francisco Bernardino Ribeiro, que Sílvio Romento considerou um dos mais saborosos frutos da poesia nacional.
  • Treze (Argonautas, Avec Editora, 192 páginas), do professor universitário e escritor porto-alegrense Duda Falcão, com prefácio de Marco Aurélio Lucchetti, tem histórias de horror ao estilo antigo. Bruxas, monstros, vampiros e criaturas reanimadas se misturam com pessoas comuns, estudantes, detetives e crianças inocentes, em caminhos inusitados de pulp fiction.

Ruínas do futuro

Como dizia o saudoso Brizola, eu venho de longe. Bem, nem tão de longe. Vim da inexcedível Bento Gonçalves, que se dá ao luxo de ter a gloriosa Caxias do Sul ali por perto. Sou do tempo que Mondo Cane (Mundo Cão) era só nome de bar na João Pessoa e filme sobre cachorro e canil; do tempo em que faturar uma rosquinha era só ingerir biscoito; do tempo em que jornalista não era notícia; do tempo que se amarrava cachorro com linguiça; do tempo em que a gente ainda tinha tempo para falar do tempo, pensar sobre ele e ver que a gente mata ele e ele nos enterra, como disse o Machado.
Quando eu tinha 18 anos e fazia intercâmbio nos Estados Unidos, me interessei por um livro espetacular: O choque do futuro, do professor Alvin Toffler. Era 1972. Em resumo, ele ensinou que a gente estava estonteado, chocado por tantas transformações, em tão pouco tempo, tudo tão rápido, no século XX. Tipo do 14 Bis à chegada da Lua em 63 anos. O cara botou o dedo na ferida, mostrou que o futuro tinha chegado e que a gente estava meio perdido nele. Era das transformações. Agora em maio, no Fronteiras do Pensamento, que celebra 10 anos de história, vamos pensar nesse assunto e em muitos outros.
O tema é "A grande virada". Mais uma, mais umas. Acho até que o nome do evento poderia ser: Pensamentos sem fronteiras, nesse nosso mundinho doido, pós-moderno, estilhaçado, sem referências ou pessoas duráveis, com ideias e notícias que vivem vidas com duração de um fogo de artifício. Vamos cruzar literatura, psicanálise, cultura afro-americana, urbanismo e ouvir craques como Vargas Llosa, Michel Houllebecq e Elisabeth Roudinesco sobre muitos temas. A vida é curta, a arte é longa, quem não sabe? Nunca vamos saber tudo. Nem deveríamos. A vida perderia a graça. Mas bem que precisamos encontrar algumas novas ordens mundiais, com mais respeito à vida humana, natureza e convívio mais aceitável. Depois de milênios, continuar a se digladiar desse jeito, é complicado. Será possível que nós, os macacos vestidos (desculpem os macacos, não é ofensa para vocês, que são inteligentes, engraçados, vivos) não vamos evoluir de verdade? Que venha a virada!
Nos anos 1960, o professor e grande teórico da comunicação Marshall Mcluhan, criador da expressão "aldeia global", disse que, no futuro, cada homem seria seu próprio editor. O futuro chegou faz muito tempo, já está até em ruínas, nas selfies enlouquecidas e nas tecnologias velhas da semana que vem. Cada um é seu diretor, fotógrafo, roteirista, maquiador, assistente, coach, guru, produtor e tudo mais. Cada um é mil. Ao invés dos falados 15 minutos de notoriedade para cada um no futuro, previstos pelo Andy Warhol, hoje a galera quer 24 horas por dia de 'eu' na veia. Menos Facebook mais Face-eu. Eu me amo.
Acho que a história não acabou, não é Fukuyama? Ciclos? Divisões? Tudo bem, mas o tempo, o infinito, o humano, os mistérios e o sol nascem todo dia, novas histórias, novas pessoas. A história não acaba.

a propósito...

Pode ser ideia simples, história simples de um simples contador de histórias. Pode ser história velha, já contada mil vezes, não importa. Quero crer que enquanto houver uma pessoa na face da terra contando uma história, velha ou nova, ao nascer do sol ou em roda do fogo na noite com lua ou não, de preferência com um ouvinte ao menos, a história não chegou ao fim. Talvez nunca chegue mesmo ao fim. Eternidade, duração sem princípio nem fim, existência absoluta. Enquanto isso, vamos buscando viradas, mudanças, letras e ciências, nos distraindo com ideias novas, enquanto corremos atrás do vento, com velocidade maior que nossos avôs.