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- Publicada em 17 de Abril de 2016 às 19:41

A comemoração...


FREDY VIEIRA/JC
Havia três maneiras, mas com enorme margem de erro, para se chegar ao número final da votação antes das favas contadas: auscultar um a um os 513 parlamentares, falar com os líderes de bancada ou fazer uma média de todos as previsões publicadas. Poucos arriscaram um palpite com 100% de certeza antes da entrada dos votos do Nordeste.
Havia três maneiras, mas com enorme margem de erro, para se chegar ao número final da votação antes das favas contadas: auscultar um a um os 513 parlamentares, falar com os líderes de bancada ou fazer uma média de todos as previsões publicadas. Poucos arriscaram um palpite com 100% de certeza antes da entrada dos votos do Nordeste.

...e a desolação


FREDY VIEIRA/JC
Mas quando Alfredo Nascimento, ex-ministro dos Transportes e deputado do aliado PR, votou pelo impeachment, a desolação tomou conta dos governistas. A esperança que os votos dos parlamentares nordestinos pudesse equilibrar e quem sabe inverter expectativas deu lugar à dura realidade que pode ser expressa em duas palavras: não deu.

Opção paz e amor...

Eu estou otimista. A frase, do economista Marcelo Portugal, foi dita na sexta-feira durante o Café com Política da Unimed Federação. Sua linha de raciocínio foi a seguinte: ganhasse quem ganhasse, o Brasil teria novo presidente. Ou Michel Temer (PMDB) ou Lula (PT), que seria o presidente da fato.

...com Jararaca

Portugal tinha só uma dúvida com relação à possibilidade Lula, se ele seria o Lula-Jararaca (mais à esquerda, quase chavista) ou o Lulinha Paz e Amor, que proporia um pacto para a reconstrução do Brasil. Enquanto o desfecho não acontece no Senado, é possível que vingue a versão Jararaca.

Preferência nacional

Se fosse possível publicar anúncios no Diário Oficial da União, a edição extra de sábado estaria lotada de publicidade. Teve grande leitura nacional, tudo para ver quem era quem nas nomeações feitas para cabular votos contra o impeachment.

Ordens do general

Se o MST realmente incendiar o País, terá desobedecido a uma ordem do general Lula, que, no sábado, ao lado de João Pedro Stédile, pediu calma e paz aos ativistas.

Lição

Existe uma lição neste processo todo: nunca pisem no rabo do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB). Ele se volta e pica com seu veneno mortal. É a cobra mais venenosa do mundo. Ganha até da jararaca.

Sangue, mais sangue

Perto do jogo pesado feito por ambas as partes, o mais cruel embate do MMA parece briguinha de maninhos no primeiro ano do maternal.

Carga pesada

Sutil como um rinoceronte dentro de um quarto e sala, a Caixa atrolhou as emissoras de TV com comerciais do Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida.

Contos da Carochinha

Entre tantas "informações" estapafúrdias, o ouro vai para o boato de que no pronunciamento que faria na noite de sexta-feira, em rede de rádio e TV, Dilma anunciaria seu apoio ao próprio impeachment.

Os previsores

Um dirigente ligado ao agronegócio do Interior deu um palpite sobre o número exato da votação na sexta-feira de manhã. Mas como pediu sigilo do nome, não pode se vangloriar. Só que milagre sem santo não adianta.

Jogada ensaiada

Se Michel Temer for esperto, e para burro ele não serve, e se o Senado confirmar a votação da Câmara dos Deputados, fará um convite para que Lula integre um pacto de pacificação nacional. É praticamente certo que o ex-presidente dirá "não". Temer poderá então dizer que tentou.

Hora certa, lugar errado

Do ponto de vista puramente estratégico, a disposição geográfica dos pró e contra estava equivocada na Capital. Os petistas é que deveriam estar pedindo o impeachment no Parcão, pois é uma saída honrosa - com a justificativa de "golpe" - num momento adverso. Por conseguinte, os críticos ao governo deveriam estar na Praça da Matriz. O pepino, após a votação no Senado, deve ir para as mãos da oposição.

Miúdas

  • TERMINOU o primeiro tempo. O início do segundo depende das condições climáticas.
  • IMPRESSIONA a quantidade de deputados que, durante a sessão, faz vídeos e selfies para postar nas redes.
  • CENTENAS de parlamentares falando e não deu para isolar nem meia dúzia com características de tribuno.
  • EM compensação, muitos discursos oscilavam entre a histeria e o "olha eu aqui, mamãe", com baixo estoque de palavras.
  • ACHAR dólares, na sexta-feira, na praça era missão impossível. Houve uma corrida em busca da proteção da verdinha.
  • TEMENDO confusão, muita gente voltou ao antigo hábito de guardar dinheiro embaixo do colchão.
  • NEM em final de Copa do Mundo com o Brasil jogando teve tanta gente assistindo TV como ontem.