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CINEMA Not�cia da edi��o impressa de 13/04/2016. Alterada em 12/04 �s 18h05min

Ave, C�sar!: novo filme dos irm�os Coen chega aos cinemas

UNIVERSAL PICTURES/DIVULGA��O/JC
Scarlett Johansson e Josh Brolin em Ave, C�sar!, que estreia amanh�

Ricardo Gruner

Uma comédia leve, pouco pretensiosa e cheia de brincadeiras narrativas: assim é Ave, César!, novo longa-metragem dos irmãos Coen, que estreia amanhã nas salas de cinema. Com um humor que, por vezes, beira o pastelão e, por outras, aparece em diálogos sagazes, o filme promove um retorno à Hollywood dos anos 1950. O enredo acompanha um produtor de cinema que tem de contornar todos os problemas do estúdio - incluindo o mais grave deles, o sequestro do astro de uma produção épica em meio às gravações.
Joel Coen e Ethan Coen podem ainda não fazer parte do time de diretores mais conhecidos pelo grande público, mas já conquistaram muitos cinéfilos ao destacar com ironia os absurdos das relações humanas. Com seu novo filme, a máxima se repete. Embora os personagens ajam como se tudo estivesse acontecendo segundo os conformes, as entrelinhas carregam ao espectador as segundas intenções dos realizadores.
Nesse contexto, está Eddie Mannix (papel de Josh Brolin). Em clima de cinema noir, o protagonista surge em cena confessando a um padre que tem fumado sem a esposa saber. A partir daí, os roteiristas constroem uma série de paródias que mistura elementos da época de ouro do audiovisual norte-americano a outros temas do imaginário popular.
É a atuação de Brolin, aliás, o meio pelo qual os realizadores estabelecem um laço de cumplicidade com o público. Inspirado no executivo homônimo e também em Howard Strickling (os dois eram os responsáveis por abafar escândalos da MGM), Mannix é o único em cena com uma postura contida. Seus interlocutores sempre carregam consigo algum exagero - como se o produtor tivesse que enfrentar uma ficção a cada dia.
Para interagir com ele, foi escalado um elenco de peso. George Clooney interpreta o galã sequestrado por comunistas, Scarlett Johansson vive uma estrela que engravida sem estar casada (para o desespero do estúdio, preocupado com a imagem da moça) e Ralph Fiennes é um diretor tentando lidar com um ator iniciante no drama. Para piorar, duas irmãs gêmeas e arquirrivais (papéis de Tilda Swinton) disputam as informações mais quentes dos bastidores para abastecer suas colunas de fofocas.
No campo das brincadeiras, a lista de alusões também inclui Gene Kelly (Cantando na chuva, 1952), o épico Ben-Hur (1959) e Esther Williams (A rainha do mar, 1952), entre outras referências. Entretanto, isso não significa que o filme seja (só) uma longa piada interna de cinéfilos para cinéfilos. Sem nunca soar ofensivo, apesar do besteirol, Ave, César! desconstrói o glamour dos artistas para destacar o supercontrole que sofriam por parte dos estúdios. Nesse sentido, não são só as paródias que divertem - algumas delas, inclusive, nem funcionam como entretenimento tão bem quanto poderiam -, mas sim as jornadas dos protagonistas frente ao contexto em que estão.
Vencedores dos Oscar de melhor filme, direção e roteiro adaptado por Onde os fracos não têm vez (2007), os Coen diversificaram sua carreira nos últimos anos. Além dos trabalhos nos quais desempenham múltiplas funções, como Inside Llewyn Davis: balada de um homem comum (2013) e a releitura de Bravura indômita (2010), a dupla colaborou recentemente no roteiro de obras como Invencível, dirigido por Angelina Jolie, e Ponte dos espiões, de Steven Spielberg.
E a dupla parece ter pegado gosto pela variedade. Em seu novo longa-metragem, os cineastas aproveitam o universo da sétima arte para criar filmes dentro do filme - sequências que os irmãos usam para brincar com formas e estilos, mas também para contrastar ou acentuar a personalidade dos atores contratados pelo estúdio da Capitol, onde a trama se passa.
Se, na superfície, a narrativa aponta para os bastidores, a carta de amor ao cinema aparece às avessas, ao estilo dos diretores. O suposto herói é, afinal, um executivo - implacável nos negócios, extremamente leal à causa (da companhia pela qual trabalha), mas sem se preocupar tanto assim com dinheiro. Não seria ele, então, tão ficcional quanto as caricaturas que estão ao seu redor? No mundo do entretenimento dos Coen, a maior certeza é que nem tudo é somente o que parece.
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