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Empresas & Negócios

- Publicada em 13 de Abril de 2016 às 14:35

Unidos por um único planeta

Educação ambiental é considerada estratégica para promover mudanças eficazes

Educação ambiental é considerada estratégica para promover mudanças eficazes


FREDY VIEIRA/JC
Nicole Feijó
Você sabia que o Brasil desperdiça cerca de 40% da energia gerada, incluindo potável e alimentos? E que mais de 70% das cidades do País ainda destinam dejetos para lixões a céu aberto, causando danos ao meio ambiente? O alerta é do Instituto Venturi para Estudos Ambientais, uma organização sem fins lucrativos que atua, desde de 2005, com o objetivo de apresentar soluções viáveis para a gestão socioambiental a empresas, comunidades e governo.
Você sabia que o Brasil desperdiça cerca de 40% da energia gerada, incluindo potável e alimentos? E que mais de 70% das cidades do País ainda destinam dejetos para lixões a céu aberto, causando danos ao meio ambiente? O alerta é do Instituto Venturi para Estudos Ambientais, uma organização sem fins lucrativos que atua, desde de 2005, com o objetivo de apresentar soluções viáveis para a gestão socioambiental a empresas, comunidades e governo.
A ideia surgiu há 14 anos, quando a bióloga e especialista em Educação Ambiental Arlinda Cézar e o jornalista e advogado Sérgio Pessoa Ribeiro, ao debater sobre sustentabilidade, entenderam que havia a necessidade de chamar a atenção da sociedade para o tema. Surgiu a ideia, então, de formar um grupo interessado em discutir a educação socioambiental. Os encontros tomaram tamanha proporção que, em 2005, houve a necessidade de criar uma organização capaz de abarcar diversas atividades. Nasce, assim, o Instituto Venturi.
A organização se dedica a desenvolver estudos técnicos e científicos, programas, cursos, eventos e palestras com empresas, municípios e instituições acadêmicas por meio de acordos de cooperação firmados com órgãos e empresas que compartilham de interesses do Instituto Venturi. Uma dessas parcerias se deu com o Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), uma iniciativa de sustentabilidade corporativa cujo objetivo é mobilizar empresas em âmbito internacional a adotar 10 princípios que abordam a área de direitos humanos, relações de trabalho, meio ambiente e combate à corrupção.
Ao desenvolver as atividades educativas, o instituto percebeu que, além de informação, faltava formação e, com base em pesquisas, passou a desenvolver projetos pedagógicos voltados à formação acadêmica na área ambiental. "Descobrimos que não existia a figura do planejador ambiental, e entendemos a necessidade de se criar um curso na área", lembra Arlinda, que hoje preside o Instituto Venturi.
As aulas passaram a ser ministradas em parceria com faculdades - em Porto Alegre, por exemplo, o curso é oferecido em cooperação com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) Tecnologia. Agora, a luta da instituição é para que as empresas entendam que esse profissional é fundamental para que as organizações possam falar em sustentabilidade e responsabilidade socioambiental.
Além das palestras, oficinas, serviços, cursos de capacitação profissional e extensão e programas de pós-graduação, a organização trabalha junto ao Instituto Brasil Solidário nos municípios carentes com baixo índice de desenvolvimento humano. Desenvolvem um plano de gestão de resíduos sólidos, sempre com o objetivo de construir conhecimento nos habitantes destes locais. A ideia é capacitar os funcionários, colaboradores, professores e todos os setores que estejam diretamente ligados com o tema.
Quem seleciona os municípios e desenvolve as estratégias é o Instituto Brasil Solidário, o Instituto Venturi atua como um braço direito deles na educação ambiental. Arlinda conta que em Crateús, cidade do Ceará, eles integraram as pessoas e as questões ambientais, e compara com a Capital gaúcha. "Vivemos em um planeta único. Não se pode falar de questões ambientais isoladamente, porque elas têm um reflexo muito maior", acredita. Arlinda observa ainda que os relatórios de responsabilidade socioambiental publicados por empresas apresentam indicadores fracos e não passam da economia de água e energia. "O governo não enxerga educação ambiental como educação de cidadania, que vai mudar os modos de vida e nos reorientar para uma ética que o planeta e o País precisam", analisa.
Apesar disso, a presidente do instituto acredita que nós, como nação, estamos prontos para fazer essa mudança, apesar da crise financeira. Para ela, os brasileiros estão abertos à discussão e já contam com muitos profissionais formados. "O grande desafio é trazer prefeitos e secretários que não são da área ambiental para ficarem sentados em um fórum como esse de resíduos sólidos, por exemplo."
Outra iniciativa do Instituto Venturi é o Fórum Internacional de Resíduos Sólidos, que, neste ano, está em sua sétima edição e será realizado de 15 a 17 de junho no Ministério Público, em Porto Alegre. O tema, diz Arlinda, reflete outros aspectos da vida dos cidadãos, como saúde e mudanças climáticas.
 
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