Habitat urbano: Fiat Mobi foi pensado para rodar na cidade

Pequeno. Leve. Econômico. Fácil de estacionar e manobrar. Esses são os principais predicados com os quais a Fiat descreve o Mobi, seu novo veículo para o mercado brasileiro.

A marca italiana aposta, mais uma vez, em uma receita que conhece bem: produzir carros diminutos por fora, mas com espaço interno bem-aproveitado. O Mobi é um modelo de entrada e não se envergonha disso.

Com 3,57 metros de comprimento, o subcompacto é 24,5 centímetros mais curto do que o Uno. Na distância entre-eixos, a diferença para o "parente" é de sete centímetros. O porta-malas do Uno acomoda 290 litros, enquanto o do Mobi, 235 litros.

Para contrapor às medidas externas enxutas, a Fiat criou um design com traços fortes. De frente, o Mobi tem uma expressão "invocada", graças ao capô alto, enormes faróis e recortes pronunciados.

A estratégia de aumentar a impressão de porte do automóvel continua na lateral, com os para-lamas "musculosos", que se interligam por um vinco que começa no farol, percorre a parte inferior das portas e sobe para terminar na lanterna. A linha de cintura alta e as janelas estreitas completam a solução estética.

Na traseira, a atração do Mobi é a tampa do porta-malas, uma peça única de vidro preto. Ladeada por lanternas de formato mais conservador, ela deixa a parte posterior do subcompacto mais sofisticada.

Por dentro, o despojamento caracteriza o Fiat Mobi. Os painéis são limpos, com plásticos lisos combinados com partes texturizadas no console central e portas.

O quadro de instrumentos combina iluminação a LED e display de 3,5 polegadas. Possui ainda indicação para a troca de marcha, instruindo o motorista para uma condução mais econômica. Exibe hora, hodômetros parcial e total, além da indicação do nível de combustível e temperatura do motor. Conta-giros e computador de bordo são opcionais.

O Mobi também valoriza a conectividade, buscando maximizar a interação com o smartphone Android ou iOS do motorista. Com o sistema "Live On", o celular pode ser fixado no meio do painel e se torna o display do carro. A integração é feita por meio de um aplicativo específico.

O objetivo é controlar com facilidade - por uma tela inicial própria, com atalhos, e por meio dos comandos no volante - o rádio e outros recursos do celular, como navegação, músicas e estações de rádio pela internet.

O sistema ainda inclui um aplicativo que ajuda a lembrar onde o carro foi estacionado, além de informar sobre restrições de trânsito. Porém, o Live On só estará disponível para o Mobi em junho.

Para quem esperava o carro com uma motorização mais moderna, como os 1.0 de três cilindros e turbo que equipam alguns concorrentes, o novo Fiat desaponta. Pelo menos por enquanto, seu propulsor será apenas o conhecido Fire Evo Flex 1.0, de até 75 cv de potência com etanol, associado ao câmbio manual de cinco marchas. A transmissão automatizada Dualogic não está disponível.

Primeiro veículo compacto inteiramente novo desenvolvido após a completa fusão que gerou o grupo FCA (Fiat Chrysler Automobiles), o Mobi herdou do Uno somente a divisão entre o cofre do motor e a cabine. No mais, tudo no monobloco é inédito.

A gama do Mobi compõe-se de seis versões. A primeira configuração, a Easy, não conta com ar-condicionado e direção hidráulica nem como opcionais, entretanto, nas demais, tais itens vêm de série. A garantia de fábrica é de três anos.