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Política

- Publicada em 22 de Março de 2016 às 22:00

Executivos da construtora Odebrecht decidem fazer acordo de delação premiada

O grupo Odebrecht decidiu fazer um acordo de delação de seus principais executivos, inclusive o ex-presidente Marcelo Odebrecht, no dia em que sofreu uma devassa da Polícia Federal, que diz ter identificado um departamento de pagamento de propina que funcionava dentro da empresa. A Odebrecht também fará um acordo de leniência, que é uma espécie de delação para empresas. Marcelo sofria pressões para fazer o acordo, inclusive do próprio pai, Emílio Odebrecht. Emílio temia pelo futuro do grupo se não houvesse acordos de delação e de leniência.
O grupo Odebrecht decidiu fazer um acordo de delação de seus principais executivos, inclusive o ex-presidente Marcelo Odebrecht, no dia em que sofreu uma devassa da Polícia Federal, que diz ter identificado um departamento de pagamento de propina que funcionava dentro da empresa. A Odebrecht também fará um acordo de leniência, que é uma espécie de delação para empresas. Marcelo sofria pressões para fazer o acordo, inclusive do próprio pai, Emílio Odebrecht. Emílio temia pelo futuro do grupo se não houvesse acordos de delação e de leniência.
Em nota, a empresa afirma: "As avaliações e reflexões levadas a efeito por nossos acionistas e executivos levaram a Odebrecht a decidir por uma colaboração definitiva com as investigações da Operação Lava Jato". A empresa disse esperar que "os esclarecimentos da colaboração contribuam significativamente com a Justiça brasileira e com a construção de um Brasil melhor".
Em acordo de delação premiada firmado com o Ministério Público, a ex-secretária da Odebrecht, Maria Lúcia Tavares, confirmou o pagamento, em 2014, de propina para Monica Moura, mulher do marqueteiro do PT João Santana, ambos presos na 23ª fase da Operação Lava Jato. As revelações feitas pela delatora sobre a contabilidade paralela da empresa colaboraram para a deflagração da 26ª fase da Lava Jato, batizada de "Xepa".
Os documentos apreendidos também mostram que Marcelo Odebrecht, presidente afastado da holding, era responsável direto pelos pedidos de pagamentos em espécie a João Santana, que comandou a campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) em 2014.
Em documento encaminhado à Justiça, os procuradores da Lava Jato afirmam que o dinheiro destinado a Santana serviu para "quitar compromissos financeiros referentes à campanha eleitoral de 2014, como provável contrapartida por contratos obtidos no âmbito da Petrobras''. Em outro depoimento, o presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa Junior, afirmou à força tarefa que trocou mensagens em novembro de 2014 com o presidente do grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, sobre doação eleitoral ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), que havia sido derrotado no mês anterior na disputa eleitoral pela presidência da República.
No depoimento à Polícia Federal em 24 de fevereiro, Barbosa disse que na mesma oportunidade comentou sobre preocupação de Aécio em relação a possível investigação contra o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral Filho (PMDB-RJ).
Em nota, a assessoria de Aécio informou que "o depoimento mencionado pelo jornal apenas confirma as informações prestadas à Justiça Eleitoral. É de conhecimento público que a empresa Odebrecht, assim como diversas outras, fez doações à campanha do PSDB, inclusive, como prevê a lei, depois das eleições, para cobrir débitos existentes".
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