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Política

- Publicada em 22 de Março de 2016 às 19:31

Nova fase de operação da Polícia Federal mira executivos da Odebrecht e doleiros

A Polícia Federal (PF) deflagrou ontem mais uma etapa da Lava Jato. Denominada "Xepa", a 26ª fase da operação mira executivos da Odebrecht e doleiros, e investiga uma suposta estrutura interna na empreiteira para pagamento de propinas, inclusive relacionadas à Petrobras. Somente em duas contas ligadas a esse setor paralelo, estima-se R$ 91 milhões em pagamentos suspeitos de serem ilícitos. Essa estrutura, segundo o Ministério Público Federal, incluiria até uma área específica na empreiteira, chamada de "Setor de Operações Estruturadas", que operava as práticas ilegais.
A Polícia Federal (PF) deflagrou ontem mais uma etapa da Lava Jato. Denominada "Xepa", a 26ª fase da operação mira executivos da Odebrecht e doleiros, e investiga uma suposta estrutura interna na empreiteira para pagamento de propinas, inclusive relacionadas à Petrobras. Somente em duas contas ligadas a esse setor paralelo, estima-se R$ 91 milhões em pagamentos suspeitos de serem ilícitos. Essa estrutura, segundo o Ministério Público Federal, incluiria até uma área específica na empreiteira, chamada de "Setor de Operações Estruturadas", que operava as práticas ilegais.
O funcionamento desse setor foi detalhado em entrevista concedida pelos investigadores em Curitiba. No Rio de Janeiro, Roberto Prisco Ramos, ex-presidente da Odebrecht Óleo e Gás e executivo da empreiteira, teve decretada prisão temporária. Outro alvo foi Hilberto Mascarenhas Alves Silva Filho, suposto controlador de contas secretas da empreiteira. Foi decretada prisão preventiva contra ele.
Em primeiro depoimento à PF, em fevereiro, Maria Lúcia Tavares, apontada como uma espécie de gerente da contabilidade paralela da construtora, afirmou que a menção a "acarajés" em e-mails trocados com Mascarenhas e Ramos refere-se a "porções de acarajé para entrega no Rio de Janeiro/RJ em um escritório". Para a polícia, porém, o nome do quitute baiano é um codinome para propina.
A PF cumpriu mandado da condução coercitiva do empresário Douglas Franzoni, suspeito de receber propina da Odebrecht. Ele é sócio do ex-assessor da presidente Dilma Rousseff (PT) Anderson Dornelles, que deixou o cargo em fevereiro deste ano. O relatório da PF relativo à operação revela indícios de que o departamento responsável pelo pagamento das propinas da empreiteira repassou R$ 50 mil a Franzoni. Franzoni é sócio de Anderson Dornelles que por mais de uma década foi o assessor mais próximo de Dilma no Red Bar, empreendimento instalado no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre.
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