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Política

- Publicada em 22 de Março de 2016 às 18:42

Dilma cita Leonel Brizola e diz que 'não vai ter golpe'

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JOSÉ CRUZ/ABR/JC
No mais duro discurso desde que a Câmara dos Deputados aceitou o pedido de impeachment, a presidente Dilma Rousseff (PT) lançou ontem uma espécie de "campanha da legalidade" para evitar o afastamento, chamado diversas vezes de "golpe", e disse, mais de uma vez, que "jamais renunciará, sob qualquer hipótese".
No mais duro discurso desde que a Câmara dos Deputados aceitou o pedido de impeachment, a presidente Dilma Rousseff (PT) lançou ontem uma espécie de "campanha da legalidade" para evitar o afastamento, chamado diversas vezes de "golpe", e disse, mais de uma vez, que "jamais renunciará, sob qualquer hipótese".
O pronunciamento foi feito no Palácio do Planalto, após encontro da presidente com juristas que foram a Brasília manifestar apoio à petista e rechaçar tentativas de interrupção do atual mandato.
"Eu preferia não viver esse momento, mas me sobra energia e disposição. Jamais imaginei gastar forças para unir a sociedade em torno de uma campanha pela legalidade", afirmou Dilma.
A presidente relembrou seu apreço pelo ex-governador Leonel Brizola, fundador do PDT, em uma comparação direta do atual momento com a campanha conduzida pelo político gaúcho para que o então vice-presidente João Goulart pudesse assumir o mandato presidencial em 1961, após a renúncia de Jânio Quadros, situação que desagradava aos militares da época. "Não cabem meias palavras: o que está em curso é um golpe contra a democracia."
A presidente afirmou, mais de uma vez, que não cometeu nenhum crime de responsabilidade, hipótese prevista na Constituição para que um presidente seja afastado do cargo. Para Dilma, "os que pedem a renúncia mostram fragilidade de convicção sobre o processo de impeachment".
Antes do discurso, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo (PT), disse que o governo vai entrar com ações no Supremo Tribunal Federal para questionar o processo de impeachment em curso na Câmara. A medida foi anunciada após a reunião com juristas. Ao encerrar o discurso, Dilma afirmou querer "tolerância, diálogo e paz" e concluiu usando o bordão criado pelos aliados do governo: "Não vai ter golpe!".
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