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Política

- Publicada em 22 de Março de 2016 às 22:14

Fortunati atribui queda no desempenho à crise

 Coletiva de imprensa do prefeito José Fortunati (PDT) e do vice Sebastião Melo (PMDB), sobre os contratos de gestão e metas do governo.

Coletiva de imprensa do prefeito José Fortunati (PDT) e do vice Sebastião Melo (PMDB), sobre os contratos de gestão e metas do governo.


JONATHAN HECKLER/JC
Marcus Meneghetti
Ao avaliar as metas de governo junto com o primeiro e o segundo escalão do governo municipal - durante o seminário Contratos de Gestão, que se estendeu ao longo da tarde de ontem - o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT), disse que a indefinição quanto ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e a liminar da Justiça que impediu o aumento das passagens do transporte coletivo na Capital podem acentuar a crise fiscal do município, podendo causar inclusive o parcelamento do salário dos servidores municipais.
Ao avaliar as metas de governo junto com o primeiro e o segundo escalão do governo municipal - durante o seminário Contratos de Gestão, que se estendeu ao longo da tarde de ontem - o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT), disse que a indefinição quanto ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e a liminar da Justiça que impediu o aumento das passagens do transporte coletivo na Capital podem acentuar a crise fiscal do município, podendo causar inclusive o parcelamento do salário dos servidores municipais.
Antes de Fortunati fazer tal análise em uma coletiva de imprensa, durante o intervalo do seminário, a secretária de Planejamento Estratégico e Orçamento, Izabel Matte, fez uma explanação sobre os resultados da gestão no período de março a dezembro de 2015. Das 252 metas firmadas pelos 36 órgãos da administração, 175 foram atingidas; 55 foram parcialmente atingidas; e 22 não foram alcançadas. Os números apontam que 91% das metas foram atingidos ou parcialmente atingidos. Em 2014, o índice foi de 92%. Sobre os objetivos não alcançados, o prefeito ponderou que alguns fatores que não dependem da gestão prejudicaram o desempenho de alguns órgãos, como a crise econômica nacional que culminou no atraso ou impedimento do repasse de recursos federais a obras na cidade. 
Para Fortunati, a situação fiscal das cidades não melhorará enquanto não sair um desfecho para o processo de impeachment da presidente, pois, até lá, "o governo e  Congresso Nacional estão paralisados, na expectativa sobre o que vai acontecer no cenário político". 
"Queremos que a crise seja debelada o mais rápido possível, com ou sem impeachment, para que o governo seja a continuação do governo Dilma, seja o de outro presidente comece a adotar medidas econômicas importantes para superar a crise. Entretanto, seja o governo que for, é muito difícil que o governo federal implemente medidas que impulsionem a economia ainda em 2016. Por isso, do ponto de vista da macroeconomia, creio que 2016 é um ano perdido", analisou Fortunati. Nesse contexto, ele também reiterou as medidas de contenção de gastos que a prefeitura tem tomado principalmente o decreto que suspendeu por 180 dias (podendo ser prorrogado por igual período), a abertura de concurso público que implique gastos ao Poder Executivo, além de criar grupos de trabalho para apresentar ações de contenção de gastos em cada secretaria.
O objetivo, segundo o prefeito, é tentar evitar o parcelamento da folha de pagamento dos servidores municipais, como já havia sinalizado o secretário municipal da Fazenda, Jorge Tonetto. Por isso, para Fortunati, é importante derrubar a liminar que evitou o aumento das passagens do transporte coletivo de R$ 3,25 para R$ 3,75.
A Justiça determinou que a prefeitura pague a diferença de cada passagem às empresas de ônibus - o que vai custar R$ 10 milhões ao mês para a prefeitura. "A partir do mês de julho, vamos ter dificuldades para pagar a folha integral dos servidores. Por isso, estamos entrando com todos os recursos possíveis para não pagarmos o ressarcimento às empresas, pois isso certamente vai agravar a crise fiscal do município."
E alfinetou o autor da ação que originou a liminar da Justiça, o P-Sol, partido de uma das pré-candidatas à prefeitura mais bem posicionada nas pesquisas: Luciana Genro. "Considero inadmissível que uma ação feita pelo P-Sol, para manter a passagem em R$ 3,25, nos obrigue a pagar R$ 0,50 para as empresas. É até contraditório, porque o discurso do P-Sol é de combater os lucros exorbitantes das empresas. E a ação está nos obrigando a pegar R$ 10 milhões da saúde, educação etc."
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