Militantes contrários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) protagonizaram atos em pelo menos 24 estados brasileiros na sexta-feira. Em Porto Alegre, os organizadores contabilizam cerca de 50 mil participantes, 10 mil de acordo com a Brigada Militar. O protesto foi convocado pela Frente Brasil Popular (FBP), com chamada "em defesa da democracia e dos direitos sociais".
O ato começou na Esquina Democrática e contou com uma caminhada pela avenida Borges de Medeiros, no Centro da Capital, e culminou no largo Zumbi dos Palmares. Participaram do protesto CUT, CTB, movimentos sociais e partidos como PT e PCdoB.
Em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da mobilização, que reuniu 500 mil pessoas, segundo organizadores, e 80 mil, de acordo com a Polícia Militar. Lula afirmou que a presidente Dilma não sofrerá um "golpe". Distrito Federal, Rio de Janeiro e Salvador também tiveram atos. Segundo a FBP, 1,3 milhão de pessoas foram às ruas no Brasil. Um novo ato contra o impeachment está marcado para o dia 31 de março.
Ontem, em Porto Alegre, artistas, intelectuais, músicos, jornalistas, escritores e professores universitários se reuniram na Redenção para divulgar o manifesto Cultura pela Democracia.