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Política

- Publicada em 17 de Março de 2016 às 00:05

STF dá ao Senado decisão do impeachment

 Ministro Gilmar Mendes durante sessão da 2ª turma do STF Foto Carlos Humberto SCO STF

Ministro Gilmar Mendes durante sessão da 2ª turma do STF Foto Carlos Humberto SCO STF


CARLOS HUMBERTO/SCO/STF/JC
Num sinal de nova derrota à Câmara dos Deputados, a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou ontem para manter o rito definido pelo próprio tribunal para o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
Num sinal de nova derrota à Câmara dos Deputados, a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou ontem para manter o rito definido pelo próprio tribunal para o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
Foram 9 votos contra 2 pela rejeição do recurso apresentado pela Mesa Diretora da Câmara presidida pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pedindo para que a Corte revisasse os principais pontos das regras fixadas para o processo, como mais poder ao Senado na análise do afastamento, que agradaram ao Palácio do Planalto.
O STF fixou que o Senado não fica obrigado a instaurar o impeachment caso a Câmara autorize a abertura do processo.
Com isso, a partir da instauração do processo por maioria simples (metade mais um, presentes 41 dos 81 dos senadores) no plenário do Senado, a presidente da República seria afastada do cargo, por até 180 dias, até o julgamento final. A perda do mandato dependeria de aprovação de 54 dos senadores.
O STF entendeu que não cabe votação secreta, como havia definido Cunha, para a eleição da comissão especial que ficará encarregada de elaborar parecer pela continuidade ou não do pedido de destituição de Dilma.
No final do ano passado, rompido com o governo, o presidente da Câmara acolheu pedido de afastamento da presidente Dilma. O PCdoB recorreu ao STF questionado as regras fixadas por Cunha para o processo. O STF anulou a comissão pró-afastamento que havia sido formada na Câmara e deu mais poder ao Senado no processo.
Ontem, a maioria dos ministros votou pela rejeição dos recursos da Câmara sob o argumento de que não havia contradições ou equívocos no entendimento adotado que justificassem uma reviravolta no processo e que o objetivo do recurso era forçar o Supremo a reexaminar as regras. Seguiram esse entendimento Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Edson Fachin, Teori Zavascki, Luiz Fux e Cármen Lúcia. Dias Toffoli votou para aceitar o recurso da Câmara.
Os ministros Dias Toffoli e Gilmar Mendes, que foram derrotados sobre o rito do impeachment, puxaram críticas ao entendimento estabelecido pelo Supremo, que vetou chapa avulsa e votação aberta. Para Toffoli, é uma contradição o Supremo não permitir a chapa avulsa e determinar que os líderes são responsáveis pela indicação da comissão da Câmara. Gilmar Mendes avalia que a decisão representa uma "colcha de retalhos".
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reiterou que da eleição da comissão especial já começa hoje, às 10h. Os partidos terão até o meio-dia para indicar seus representantes. A votação deve se estender até as 14h. A previsão é que a comissão seja instalada às 17h, com a eleição do presidente e do relator do colegiado no mesmo dia.
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