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Política

- Publicada em 15 de Março de 2016 às 19:09

Monica Moura decide fazer delação

A empresária Monica Moura, mulher e sócia do publicitário João Santana, marqueteiro das campanhas presidenciais de Luiz Inácio Lula da Silva (2006) e de Dilma Rousseff (2010 e 2014) decidiu fazer delação premiada. O casal foi preso na operação Acarajé, 23ª fase da Lava Jato.
A empresária Monica Moura, mulher e sócia do publicitário João Santana, marqueteiro das campanhas presidenciais de Luiz Inácio Lula da Silva (2006) e de Dilma Rousseff (2010 e 2014) decidiu fazer delação premiada. O casal foi preso na operação Acarajé, 23ª fase da Lava Jato.
Monica Moura ainda não formalizou o acordo. Os termos da colaboração estão sendo definidos com os procuradores com a força-tarefa da Lava Jato. A mulher de João Santana cuidava da parte financeira da Polis Propaganda e Marketing, empresa que fez as campanhas da presidente Dilma em 2010 e 2014. O casal está sob suspeita de recebimento de US$ 7,5 milhões da Odebrecht via offshore no exterior.
Monica trocou de advogado na semana passada. Ela contratou Juliano Campelo Prestes, que atua em Curitiba, base da Lava Jato, onde ela está detida. O advogado na Lava Jato.
João Santana continuará sendo defendido pelo criminalista Fabio Tofic. A tese da defesa é que João Santana atuava apenas na parte de criação da agência.
A hipótese de delação vinha sendo estudada por Monica há duas semanas, apesar da oposição do marido. Os advogados tentaram manter estratégia de defesa única para o casal, opção que se tornou insustentável com a decisão da mulher de Santana.
Um dos interesses da força-tarefa é esclarecer como teriam sido operacionalizados pagamentos da Odebrecht para o marqueteiro no Brasil. Planilhas localizadas pelos investigadores com funcionários da Odebrecht indicam a realização de pagamentos de pelo menos R$ 21,5 milhões para "Feira", que a PF acredita ser uma referência a João Santana. Os pagamentos ocorreram durante a eleição de 2014, quando o marqueteiro respondia pela campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff.
Em depoimentos, Santana e Moura admitiram apenas o recebimento de caixa-2 de campanhas eleitorais referentes a trabalhos para clientes estrangeiros, e não no Brasil. O casal alega que todo pagamento recebido como caixa-2 é referente a serviços prestados para campanhas. Os repasses por vias "não oficiais", no exterior e no Brasil, seriam motivados pelo desejo dos financiadores de não serem constrangidos publicamente por apoiar com mais recursos uma candidatura específica.
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