Manifestações anti-Dilma reúnem 215 mil no Rio Grande do Sul

Atos contra Dilma no Rio Grande do Sul reuniram 215 mil pessoas, segundo a Brigada Militar (BM). Foram 100 mil em Porto Alegre (no Parcão e o maior de todos), e 115 mil em outras 31 cidades, com maior público em Novo Hamburgo (40 mil) e Caxias do Sul (30 mil), todos com protestos anti-Dilma, avaliou o comando da BM no fim da tarde.  

Na Capital, houve uma das escassas manifestações pró-Dilma, no Parque da Redenção, que somou 5 mil, ainda segundo a BM. O comando da polícia militar também disse que não houve incidentes nos eventos, que envolveram 300 homens para fazer a segurança em Porto Alegre. No País, 23 capitais tiveram atos anti-Dilma, que focaram o pedido de impeachment da presidente e enalteceram a figura do juiz da Operação Lava Jato, Sérgio Moro. 

O subcomandante da BM, Andreis Dal'Lago, avaliou que a mobilização no Parcão repetiu o público de março do ano passado. A porta-voz do Movimento Brasil Livre (MBL), um dos líderes das convocações pelo País, Paula Cassol Lima, contrapôs o número da BM e disse que o ato atraiu 140 mil neste domingo.

A avenida Goethe ficou fechada entre a rua 24 de Outubro e a elevada da avenida Silva Só. Mas o público não chegou até o ponto próximo à avenida Ipiranga. Na concentração maior, as cores verde e amarelo tomaram conta. Bonequinhos inflados do Pixuleco (Lula vestido de presidiário), comprados a R$ 20,00, desfilavam pelas mãos dos manifestantes.

O evento virou programa de domingo de famílias inteiras. A estudante Amanda Mayer foi pela primeira vez a um protesto e conseguiu convencer a irmão Isadora e os pais Lisia Strüssmann e Martin Mayer. "Queremos um Brasil livre", disse em nome da família.  

No Parque da Redenção, ocorreu a única manifestação pró-Dilma no Estado, com 5 mil participantes segundo a BM. Os organizadores, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT-RS) dimensionou em 10 mil presentes. O presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, adiantou que no dia 18 serão feitos atos regionalizados. Lideranças como Olivio Dutra e Tarso Genro discursaram defendendo a presidente e a democracia. 

No começo da noite deste domingo, a presidente divulgou nota oficial sobre os protestos e destacou o "caráter pacífico" e a "maturidade" do País que sabe "conviver com opiniões divergentes". "A liberdade de manifestação é própria das democracias e por todos deve ser respeitada", ressaltou Dilma.