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Política

- Publicada em 07 de Março de 2016 às 21:41

Tatsch defende concessões e PPPs no Estado

 ENTREVISTA ESPECIAL COM O SECRETÁRIO ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL    NA FOTO: CRISTIANO TATSCH

ENTREVISTA ESPECIAL COM O SECRETÁRIO ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL NA FOTO: CRISTIANO TATSCH


JONATHAN HECKLER/JC
Marcus Meneghetti
Ao comentar a análise do ex-governador Antonio Britto (ex-PMDB e ex-PPS) de que a conjuntura atual é desfavorável a privatizações, o secretário estadual de Planejamento e Desenvolvimento Regional, Cristiano Tatsch (PMDB), disse que "o caminho moderno (para incrementar os serviços públicos) é o das concessões e parcerias público-privadas (PPPs)".
Ao comentar a análise do ex-governador Antonio Britto (ex-PMDB e ex-PPS) de que a conjuntura atual é desfavorável a privatizações, o secretário estadual de Planejamento e Desenvolvimento Regional, Cristiano Tatsch (PMDB), disse que "o caminho moderno (para incrementar os serviços públicos) é o das concessões e parcerias público-privadas (PPPs)".
Entretanto, Tatsch que era presidente da Companhia Riograndense de Telecomunicações (CRT) na época em que foi privatizada pelo governo Britto acredita que há instituições que podem ser extintas.
Em entrevista exclusiva ao Jornal do Comércio, o ex-governador que está sem filiação partidária desde que concorreu ao Piratini em 2002, pelo PPS analisou que "não existem ativos que o Estado poderia abrir mão sem prejudicar suas finalidades e que, ao mesmo tempo, teriam alguma atratividade em um momento de crise tão grande". Além disso, considerou que não há compradores, porque o Brasil não está conseguindo acessar os mercados internacionais, e o empresariado brasileiro está retraído.
"De alguma maneira, as privatizações já passaram. Até porque não tem mais o que privatizar. Mas tem o que extinguir, como a Cesa (Companhia Estadual de Silos e Armazéns) e a Corag (Companhia Rio-Grandense de Artes Gráficas)", analisou Tatsch.
O titular da pasta do Planejamento justificou as extinções da Cesa e da Corag, argumentando que reduziriam o custo com a máquina pública, o que seria significativo sobretudo no momento de crise pelo qual passa o Estado. Para o secretário, as estatais foram importantes por volta da década de 1950, quando o empresariado não tinha condições de instalar a infraestrutura no País, como redes elétricas, de telefonia, saneamento básico etc.
"(A Cesa e a Corag) foram importantes na época em que foram criadas, pois o setor privado não tinha condições de oferecer esses serviços. Mas, se analisarmos agora a Corag, por exemplo, veremos que ela trabalha com máquinas obsoletas, o que prejudica a qualidade dos serviços prestados", falou Tatsch.
Ele ponderou ainda que a maior dificuldade para fechar essas companhias são os trabalhadores, "que obviamente não querem o fim delas". "Mas temos que pensar no interesse da comunidade como um todo", justificou.
De qualquer forma, segundo avaliação do titular do Planejamento, a extinção de aparatos estatais não é suficiente para resolver os problemas financeiros. Para oferecer serviços públicos de qualidade à população, Tatsch propõe concessões.
"Nos países desenvolvidos, o Estado delega, cobra e cuida da prestação de serviços públicos. Mas quem executa é a iniciativa privada, sob certas condições estipuladas pelo Estado, mas com margem de lucro às empresas. Este é o caminho moderno para oferecer serviços de qualidade", projetou.
Tatsch disse ainda que a pasta tem estudado casos de concessões realizados em outros estados, principalmente em setores da Educação, presídios, zoológicos e na Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan).
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