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Política

- Publicada em 01 de Março de 2016 às 19:12

Andrade Gutierrez diz ter pago dívida de campanha de Dilma

A Andrade Gutierrez, segunda maior empreiteira do País, afirma ter pago despesas com fornecedores da campanha eleitoral de Dilma Rousseff (PT) em 2010. O pagamento, ilícito, foi feito por meio de contrato fictício de prestação de serviço. A revelação foi feita no acordo para a delação premiada de 11 executivos da Andrade e é a primeira citação direta de irregularidade apurada pela Lava Jato que envolve uma campanha da presidente da República.
A Andrade Gutierrez, segunda maior empreiteira do País, afirma ter pago despesas com fornecedores da campanha eleitoral de Dilma Rousseff (PT) em 2010. O pagamento, ilícito, foi feito por meio de contrato fictício de prestação de serviço. A revelação foi feita no acordo para a delação premiada de 11 executivos da Andrade e é a primeira citação direta de irregularidade apurada pela Lava Jato que envolve uma campanha da presidente da República.
O fornecedor conhecido até aqui, segundo pessoas que tiveram acesso aos detalhes do acordo no Ministério Público Federal, é a agência de comunicação Pepper que trabalhou para Dilma em 2010. O pagamento foi feito, segundo delatores, a pedido direto de um dos coordenadores da campanha do PT.
Para dar um aspecto de regularidade ao pagamento em sua contabilidade, a Andrade produziu um contrato fictício com a Pepper, segundo o relato. O valor superava os R$ 5 milhões à época.
Em 2010, a Andrade Gutierrez fez três doações oficiais para o comitê financeiro da campanha de Dilma, entre agosto e outubro, que somam R$ 5,1 milhões. Já a campanha de Dilma declarou gastos de R$ 6,4 milhões especificamente com a agência Pepper.
De acordo com ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), esse tipo de triangulação representa caixa-2. Como se trata da campanha de 2010, na Justiça Eleitoral não haverá implicações diretas em caso de comprovação do crime, como perda do mandato, porque o governo se encerrou em 2014.
Contudo, ainda cabem ações criminais sobre o episódio. Além de informações sobre a campanha de 2010, o roteiro acertado com os procuradores inclui ainda revelações sobre irregularidades cometidas nas obras da usina nuclear de Angra 3, da hidrelétrica de Belo Monte, na Petrobras e em três estádios da Copa do Mundo (Arena Amazonas, Maracanã e Mané Garrincha, em Brasília).
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