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Opinião

- Publicada em 30 de Março de 2016 às 17:19

Emprego formal volta a ser o sonho de milhões

Chegou a 186 mil o número de pessoas desempregadas na Região Metropolitana de Porto Alegre em fevereiro de 2016. No País, são 2,859 milhões sem trabalho formal, um recorde na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), iniciada no primeiro trimestre de 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Chegou a 186 mil o número de pessoas desempregadas na Região Metropolitana de Porto Alegre em fevereiro de 2016. No País, são 2,859 milhões sem trabalho formal, um recorde na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), iniciada no primeiro trimestre de 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Há seis meses, essa variação tem ficado acima de 2 milhões de pessoas por mês. O nível de ocupação no País - população ocupada em relação a população em idade de trabalhar - caiu a 55,5%, um recuo de 1,2 ponto percentual em um ano. Indústria, comércio e serviços foram os setores mais atingidos.
Isso é uma tragédia social que precisa, deve e será combatida. E a inflação também deve ser rechaçada até as últimas consequências, segundo Nelson Barbosa, ministro da Fazenda. A segunda promessa está sendo atingida com queda mensal, segundo a Pesquisa Focus do Banco Central, do Índice de Preços ao Consumidor no Atacado (IPCA), que baliza a inflação oficial.
Com a alta dos juros, a dívida bruta interna do governo federal atingiu a R$ 2,8 trilhões, um exagero. Pagando 14,25% ao ano para rolar essa dívida, não surpreende quando os bancos têm lucros fabulosos, incluindo os oficiais Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Para combater a inflação, segundo os doutos em economia e finanças, o melhor caminho é pela via da reativação econômica. Assim, serão gerados empregos, haverá consumo, mais impostos serão recolhidos e o equilíbrio social também terá sensível melhoria.
Será necessário gerar 600 milhões de empregos na próxima década no mundo, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT). O pior é que, atualmente, mais de 100 milhões de pessoas estavam desempregadas nas economias do G-20 e 447 milhões foram consideradas trabalhadores pobres, vivendo com menos de US$ 2 por dia. Ainda segundo a entidade, preocupa a desigualdade de renda crescente em muitos países do G-20, embora algum progresso tenha sido feito em economias emergentes, como o Brasil e a África do Sul. Mas isso somente até 2012, no caso do Brasil, muito especialmente. Agora, o desemprego grassa.
Por isso, ter um trabalho formal é a aspiração de milhões de jovens brasileiros. Os pais e avós de hoje faziam de tudo para conseguir um bom emprego. Não precisava, até os anos de 1970, ser no serviço público, hoje o sonho de todos, graças às diferenças entre vencimentos e salários, além da estabilidade, entre outras vantagens.
No entanto, para compensar o aumento do funcionalismo é preciso cortar no custeio, o que os governos pouco fazem, especialmente o federal, mas os estados e os municípios têm também uma boa parcela de responsabilidade. Se até os anos de 1970 ser datilógrafo era quase obrigatório em todos os concursos, inclusive para o cobiçado Banco do Brasil, além de dominar bem português e matemática, hoje imperam o programas de informática. Mais teoria, muita teoria, com graduação, mestrado e doutorado.
Entretanto, a busca por um emprego continua sendo a aspiração da classe média graduada, quando há muitas vagas para a mão de obra técnica em que o Ensino Médio é o bastante, se tanto. Além disso, mesmo com os inegáveis progressos da ascensão de milhões para as classes C e E até poucos anos, atualmente o pessimismo é grande entre os jovens. É preciso reativar a economia, no que o programa Minha Casa Minha Vida em sua terceira etapa é um alento. O então presidente Getulio Vargas sentenciou que "O trabalho é o maior fator de elevação da dignidade humana". Tinha razão.
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