Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 28 de Março de 2016 às 18:06

Brasil com Estado necessário e economia de mercado

O cenário político nacional mostra-se, outra vez, em uma semana turbulenta, com a reunião do PMDB, que deve confirmar o desembarque da base de apoio ao governo federal. Esse debate político tem paralisado a economia, no rastro da crise externa e dos gastos feitos pelo governo federal. A boataria corre solta, principalmente nas redes sociais, onde vale tudo.
O cenário político nacional mostra-se, outra vez, em uma semana turbulenta, com a reunião do PMDB, que deve confirmar o desembarque da base de apoio ao governo federal. Esse debate político tem paralisado a economia, no rastro da crise externa e dos gastos feitos pelo governo federal. A boataria corre solta, principalmente nas redes sociais, onde vale tudo.
O pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), até agora, não tem um dado concreto sobre desvio de comportamento por parte dela, salvo as pedaladas fiscais. Alguns dos seus assessores a Justiça tem investigado, sem um pronunciamento e sem que o devido processo legal tenha transitado em julgado.
Mais adiante, caso e se for confirmado o impedimento, deverá assumir o vice-presidente Michel Temer (PMDB). Mas, segundo o noticiado, nem ele, menos ainda os presidentes da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB), têm um grande respaldo popular.
O que se espera deste governo ou de um eventual substituto é que Dilma Rousseff ou o futuro presidente recoloque o País na senda do Estado necessário, atendendo o que interessa mesmo, educação, saúde, segurança e investimentos na infraestrutura, deixando de lado políticas que não funcionaram. Precisamos fazer o que é preciso, com o enxugamento do Estado, fazendo-o retornar às suas finalidades precípuas.
Também é preciso repensar a política econômica. No exterior, o que fazem, nesse momento, os governos capitalistas desenvolvidos, nos Estados Unidos, na Europa e no Japão, para vencer a crise atual? Reduzem a zero ou tornam negativa a taxa de juros, diminuindo custos de sua dívida pública e da dívida tanto das empresas como dos contribuintes endividados, para animar o consumo, sem o qual o capitalismo não sobrevive.
O Brasil está competindo com países que têm governos que usam entre 12% a 17% dos seus respectivos PIBs, enquanto aqui dispendemos 37% de carga tributária depois da Constituinte de 1988, era de 22%. Agora, são 37% de carga tributária e mais 10% de déficit público.
O capitalismo com regras em uma democracia forte é o que gera progresso e prosperidade, porque liberta o espírito gerador de riqueza natural do ser humano.
A corrupção no setor privado, como está provando a Operação Lava Jato, é algo que tem que ser combatido até as últimas consequências. Não se pode aceitar o empresário de conluio, uma moléstia fatal de um Estado hipertrofiado. A verdadeira livre concorrência ajuda a combater a corrupção. Nos monopólios, como o da Petrobras, desregrado e sem forte capitalização, a corrupção encontra campo fértil.
Por outro lado, em 10 anos, reconhece-se, 18% da economia informal foram incorporados à formalidade no Brasil. A inclusão social na educação e o Minha Casa Minha Vida deram e estão tendo um bom retorno social e econômico. Então, nada de terra arrasada nas políticas sociais do País que vêm sendo praticadas.
Estamos em um momento tenso, mas todos devem manter a serenidade e trabalhar pelo Estado de Democrático de Direito. Fora dele, aí sim, estaremos envoltos em exceções que, como no passado, nos levarão a dias piores.
Sem a democracia e os três poderes cumprindo suas obrigações, entraremos em um caminho tortuoso e ilegal, sem progresso e sem paz social. Que as mentes brilhantes do País façam o melhor, pensando na felicidade geral da nação.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO