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Opinião

- Publicada em 22 de Março de 2016 às 18:05

A barbárie do terrorismo na Europa não vencerá

Novamente, o Estado Islâmico despejou sua fúria desproposital contra pessoas em um aeroporto e uma estação do metrô europeia. Desta vez, quem pagou o preço em vidas humanas ceifadas foi a Bélgica. Terroristas com explosivos na cintura mataram 34 pessoas e feriram 200, no aeroporto da capital e na estação de metrô de Maelbeek, próxima à sede da União Europeia, em Bruxelas.
Novamente, o Estado Islâmico despejou sua fúria desproposital contra pessoas em um aeroporto e uma estação do metrô europeia. Desta vez, quem pagou o preço em vidas humanas ceifadas foi a Bélgica. Terroristas com explosivos na cintura mataram 34 pessoas e feriram 200, no aeroporto da capital e na estação de metrô de Maelbeek, próxima à sede da União Europeia, em Bruxelas.
De Moscou a Berlim, os mandatários reagiram com tristeza e repulsa ao duplo atentado. Como o Conselho de Segurança da ONU tinha aprovado, bem antes, a reivindicação para que o mundo use de todas as medidas necessárias para acabar com o Estado Islâmico (EI), espera-se que a reação coletiva seja posta em prática.
Como está não é possível permanecer, embora detectar fanáticos que se matam em nome de Deus seja, realmente, algo bem difícil. Trata-se de uma mistura de religião com política e renovação do ódio de alguns segmentos de povos do Oriente Médio contra aquilo que julgam uma espoliação histórica dos países ocidentais.
Infelizmente, tivemos, há séculos, a Inquisição e, depois, as Cruzadas, inclusive com a utilização de crianças, para livrar Jerusalém dos que, então, como hoje pelo Estado Islâmico, eram chamados de "infiéis". É preciso acabar com o terrorismo cego, segundo o Papa Francisco, que mata pessoas em cidades as mais diversas, exaltando o feito dos seus seguidores quando se explodem em lugares geralmente com dezenas ou centenas de pessoas, como em Bruxelas.
O mundo tem que colocar um ponto final nesta guerra ideológico-religiosa para a qual a solução não é apenas o revide militar, segundo analistas. As mortes, os ataques-suicidas e os bombardeios no Iraque, na Síria e outros pontos do Oriente Médio farão mais e mais vítimas de pessoas comuns, como a maioria de nós, que apenas vivem em família, trabalham, têm sonhos, rezam, adoecem, curam as suas mazelas e passam pela Terra da maneira como, há centenas de anos, outros seres humanos fizeram.
É um problema, sim, e a vontade louca de matar daqueles que se autoproclamaram Estado Islâmico, que domina pequenas regiões do Iraque, da Síria e do Paquistão, mas geralmente fortes na produção de petróleo o ouro negro de onde arrecadam milhões de dólares por dia, em conivência com traficantes de armas, atravessadores do óleo cru e inescrupulosos que olham para o lado para fingir que ignoram o que o Estado Islâmico tem feito.
Esquecem alguns líderes políticos e, muito mais, os fanáticos do Estado Islâmico, que deturpam o Islã matando em nome de Deus, a suprema heresia, que o mundo material tem uma relação íntima com o espiritual. Assim, por intuição sabemos que ambos são constituídos, essencial e necessariamente, um para o outro.
Desta forma, sem o primeiro o segundo não poderia existir e, sem este, aquele se tornaria como está acontecendo caótico, inexplicável e trágico.
Na Síria, houve trégua acertada entre a Rússia e os Estados Unidos, até agora respeitada, com uma ou outra exceção. Mas, quando realizados pela coalização ocidental, os bombardeios causaram vítimas civis, inclusive de mulheres e crianças.
A Rússia atacou o centro das refinarias que são a fonte de dólares e euros para o Estado Islâmico. Porém, não é só dali que saem os recursos para sustentar o terrorismo. Muitos potentados do Oriente Médio fornecem dinheiro e os traficantes de armas estão a postos para lucrar com a morte, como na guerra, com a insanidade. Assim caminha um mundo cruel.
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