As marcas mais lembradas e preferidas de
gestores e formadores de opinião do RS.

O futuro n�o � mais como era antigamente



Samir Salimen Samir Salimen
S�cio-diretor da Publivar ON, [email protected]
Para todos nós publicitários, que vivemos e atuamos neste fantástico mercado da comunicação, o desenvolvimento ou o ato de criar uma campanha publicitária nos dias atuais e a busca de uma ideia que esteja alinhada com o branding da marca requer muita inspiração e inovação. Se as dificuldades aumentaram em função da hipercompetitividade, no sentido de prender a atenção do público com as mensagens publicitárias, com a comunicação multiplataforma, o consumidor opta por aquilo que lhe é mais relevante. Hoje se deve criar uma estratégia que seja eficiente perante o novo marketing de produtos e serviços que define um novo consumidor, consciente, com poder absoluto, que define o dia, a hora, o local, o canal, e o valor que deverá ter no ato da compra. O consumidor define o conteúdo que lhe seja familiar, que tenha valor, com o controle da mídia, da sua mídia, das suas escolhas e com total interatividade com as marcas.
Há 20 anos uma campanha era vista na TV, no rádio, no jornal/revista ou em mídia exterior. Há 10 anos diziam que estas mídias sumiriam rápido. Que os tablets matariam os livros e jornais em poucos meses e que o rádio já estava recebendo a extrema-unção. Nenhuma destas previsões aconteceu.
Se hoje uma campanha pode tomar o país de cima para baixo sem a exibição em nenhuma das mídias antigamente chamadas de offline, ela pode também começar de um lado e terminar de outro.
O assunto mais comentado no Twitter é justamente a programação da TV. Enquanto isso, a forma que a TV pauta sua programação é (veja você) a internet. As coisas se misturaram, se tornaram mais líquidas e a ideia venceu. Ela nunca valeu tanto.
Vivemos o melhor momento em nosso negócio. A comunicação não mudava tanto desde Gutemberg. Vivemos uma era em que jovens geniais se encontram para colocar em prática ideias que mudam nossas vidas. É só lembrarmos que o Facebook há menos de 10 anos ninguém no Brasil usava. Ou que o Smartphone, que agora mesmo está aí ao seu lado, há menos de 9 anos não passava de ficção científica.
A verdade é que este é um tempo de ideias compartilhadas. Algumas ideias na cabeça e bons executivos fazem com que os resultados apareçam mais rápido do que antes.
Se é muito mais complexo saber para onde ir em um cenário de mídia cada vez mais fragmentado, é também muito mais fácil mensurar os seus resultados.
Nunca foi tão bom trabalhar com comunicação. Nunca foi tão importante os clientes/anunciantes se cercarem de profissionais talentosos. Isso porque na prática, as novas estratégias de mídia exigem mudanças nos modelos de negócios das agências. Disciplinas como promoção, eventos, ativação e trade hoje podem ser pensadas juntas. Sem essa de online, offline, belowtheline ou qualquer "line". O foco da ideia ou da estratégia é o que as pessoas estão sentindo, vivendo nessemundo digital, jovem e multicultural. Dá pra ser digital no rádio, promocional no APP e emocionar por WhatsApp. É só trabalhar valorizando boas ideias, entendendo o cliente e não acreditando muito em previsões. Porque, amanhã, tudo pode mudar outra vez.

Publicado em 28/03/2016.