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- Publicada em 28 de Março de 2016 às 19:35

Sob tumulto, presidente da OAB protocola novo pedido de impeachment contra Dilma

Tumulto na entrega de pedido de impeachment pela OAB

Tumulto na entrega de pedido de impeachment pela OAB


LUIS MACEDO/Agência Câmara/JC
Agência Estado
Em meio a um tumulto generalizado na Câmara dos Deputados, o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, protocolou na tarde desta segunda-feira (28), um novo pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Em meio a um tumulto generalizado na Câmara dos Deputados, o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, protocolou na tarde desta segunda-feira (28), um novo pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Manifestantes contrários e favoráveis ao impeachment trocaram provocações e xingamentos no Salão Verde da Câmara. Do lado de fora, houve agressões. Lamachia e outros integrantes da OAB precisaram ser escoltados pela Polícia Legislativa. Pessoas que defendiam o impeachment e membros da Ordem fizeram um cordão de isolamento em torno dos autores do requerimento.
Com o tumulto no protocolo, o pedido foi apresentado à Secretaria-Geral da Mesa. No requerimento da OAB, a entidade incluiu como justificativas o conteúdo da delação premiada do senador Delcídio Amaral (sem partido-MS), as chamadas "pedaladas fiscais", as renúncias fiscais em favor da Fifa na Copa de 2014 e a tentativa de nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como chefe da Casa Civil.
"Não é mais possível que o Brasil conviva com este tipo de manifestação. A OAB não se manifesta de acordo com as paixões políticas e partidárias. A OAB se manifesta de forma técnica e é isso que foi feito aqui hoje", afirmou Lamachia, que foi carregado nos braços por advogados ao deixar a Câmara.
O presidente da OAB disse que não entregou o pedido ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por entender que ele precisa ser afastado. Cunha é réu na Lava Jato e, segundo Lamachia, a Ordem entende que ele não tem mais legitimidade para se manter no cargo. "Não encontrei o presidente Cunha. Tenho uma posição, que é da instituição Ordem dos Advogados do Brasil, no que diz respeito à legitimidade do presidente da Câmara dos Deputados. Entendemos que o presidente da Câmara dos Deputados tem que se afastar da Câmara e, por não reconhecer a legitimidade dele, entregamos esta peça (o requerimento) no protocolo", afirmou.
Na saída do Congresso, o estudante Rodrigo Almeida, 22, discutiu com um advogado que não foi identificado. Os dois se empurraram e Rodrigo deu um chute nas costas do advogado. O grupo que estava com o advogado partiu para cima de Rodrigo, e deram chutes na cabeça do estudante. A polícia não interveio e a briga foi apartada pelos próprios manifestantes. Não há informações sobre o estado de saúde dos envolvidos no confronto.
O ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), secção Rio de Janeiro, deputado Wadih Damous (PT-RJ), criticou nesta segunda-feira, 28, o protocolo de novo pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff e o que considerou como manifestação política da entidade, nesta tarde, no Salão Verde da Câmara.
"O que se viu em nome da OAB foi um ato partidário", condenou. Para o parlamentar, a entidade entrou num "jogo político" e, ao assinar um novo pedido de impeachment de Dilma, põe em risco seu prestígio.
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