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- Publicada em 12 de Março de 2016 às 00:27

Caminhada iluminada bate à porta do Piratini e cobra atitude de Sartori

 Caminhada Iluminada em protesto à falta de segurança

Caminhada Iluminada em protesto à falta de segurança


JONATHAN HECKLER/JC
Patrícia Comunello
Diante da grande porta no acesso ao Palácio Piratini, sede do governo gaúcho, Centro Histórico de Porto Alegre, uma multidão bradou por volta de 21h desta sexta-feira (11): "Não dá para aguentar, segurança já, não dá para aguentar, segurança já". Sob chuva e dois brigadianos portados na escada, os cerca de 200 participantes do desfecho da Caminhada Iluminada deram como cumprida a missão de protestar. 
Diante da grande porta no acesso ao Palácio Piratini, sede do governo gaúcho, Centro Histórico de Porto Alegre, uma multidão bradou por volta de 21h desta sexta-feira (11): "Não dá para aguentar, segurança já, não dá para aguentar, segurança já". Sob chuva e dois brigadianos portados na escada, os cerca de 200 participantes do desfecho da Caminhada Iluminada deram como cumprida a missão de protestar. 
A mãe de Emanuelle, Vanessa Goulart, levou a filha de três meses. "Estou aqui pensando no futuro dela. Toda criança tem direito de andar na rua sem sentir medo", explicou a mãe zelosa. Roberto Joelci Grandini Dias, perdeu a irmã Isabel em um ataque de assaltantes em janeiro. "Descobrimos a caminhada pelo Facebook, viemos em 30 pessoas. Perdi minha irmã, não quero que mais gente perca alguém", emocionou-se Dias.
A caminhada não teve as 5 mil pessoas que clicaram em "comparecerei" na página do evento criado no Facebook. "É assim mesmo, a chuva atrapalhou, mas vamos fazer", avisou Pedro Loss, bancário, um dos organizadores da mobilização e que compareceu. "Este é o movimento da segurança cidadã", arrematou Loss, no final, na Praça da Matriz, depois de uma hora de percurso, que contou com dois solitários PMs para trancar cruzamentos. A passeata teve palavras de ordem, mas foi silenciosa, definiu Loss. 
A EPTC sabia do ato, foi chamada duas vezes pelos organizadores pouco antes da largada e até pelos brigadianos, segundo os próprios policiais. "Eles disseram que não vinham", repassou um dos PMs, que saiu do policiamento do Centro para dar segurança à caminhada. Alguns azuizinhos foram encontrados em frente ao Guion Center, com bares e cinema no bairro Cidade Baixa, mas estavam guinchando veículos estacionados em local proibido.
Já no fim do roteiro, na avenida Borges de Medeiros, apareceram patrulheiros da EPTC, que acionaram as sirenes das motos e abriram caminho na pista inversa ao da caminhada. O protesto saiu do monumento do Expedicionário, no Parque da Redenção, passou pela avenida Venâncio Aires, ruas Lima e Silva e Fernando Machado, Borges de Medeiros, rua Jerônimo Coelho e, finalmente, a Praça da Matriz, onde fica o palácio.
Por onde passavam, os participantes provocavam quem estava em bares a aderir. Muitos reagiram com aplausos. Na subida da Borges, moradores de rua que recebiam refeição distribuída por voluntários saudaram o ato.
Músicas como Imagine, de John Lennon (ex-Beatles), e Brasil mostra a tua cara, de Cazuza, foram bradadas como hino pelos manifestantes. "Estou indignada, estou indignada", gritou em desabafo uma participante. E para registrar mesmo diante de um Piratini às escuras, a multidão avisou: "Sartori, estou aqui, eu vim aqui só pra te ver". Dados do segundo semestre de 2015 apontam queda de 30% de ações do policiamento no Estado
Crédito: JONATHAN HECKLER/JC
  • Caminhada Iluminada em protesto à falta de segurança
  • Crédito: JONATHAN HECKLER/JC
  • Caminhada Iluminada em protesto à falta de segurança
  • Crédito: JONATHAN HECKLER/JC
  • Caminhada Iluminada em protesto à falta de segurança
  • Crédito: JONATHAN HECKLER/JC
  • Caminhada cobrou segurança
  • Crédito: JONATHAN HECKLER/JC
  • Caminhada Iluminada em protesto à falta de segurança
  • Crédito: JONATHAN HECKLER/JC
  • Roberto Joelci Grandini Dias lembra a perda da irmã, morta em assalto
  • Crédito: Patrícia Comunello/Especial/JC
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