A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que mulheres grávidas evitem viajar para locais com surto de zika vírus. A entidade também sugeriu o uso de camisinhas caso alguém do casal tenha ido para um local onde a doença está em circulação. No entanto, os cientistas da OMS não chegaram a um consenso sobre a declaração do zika como emergência mundial.
Ontem, a entidade realizou uma reunião de emergência para debater os novos estudos, que apontam uma possível associação entre o vírus, a microcefalia e a Síndrome de Guillain-Barré. Os pesquisadores acreditam que os resultados ainda não são suficientes para declarar o zika como alerta internacional.
Para Margaret Chan, diretora-geral da OMS, é provável que exista uma relação entre o zika e a microcefalia, mas novas pesquisas ainda precisam ser feitas. A entidade, portanto, optou por manter o alerta apenas sobre a microcefalia e sobre Síndrome de Guillain-Barré, sem ainda incluir o vírus. Ficam válidos os pedidos para que nenhum país imponha restrições de viagens ao Brasil, mas a OMS insiste que é necessário combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor do zika, da dengue e da febre chikungunya, de maneira agressiva.