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- Publicada em 31 de Março de 2016 às 17:36

Capacidade instalada das fábricasa brasileiras sobe a 77,6%, segundo dados da CNI

A atividade industrial continua fraca, com uma piora adicional dos indicadores de mercado de trabalho em fevereiro. Isso é o que aponta a pesquisa Indicadores Industriais divulgada nesta quinta-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Apesar disso, houve uma melhora pontual do faturamento e do uso da capacidade instalada (UCI).
A atividade industrial continua fraca, com uma piora adicional dos indicadores de mercado de trabalho em fevereiro. Isso é o que aponta a pesquisa Indicadores Industriais divulgada nesta quinta-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Apesar disso, houve uma melhora pontual do faturamento e do uso da capacidade instalada (UCI).
Os dados da pesquisa apontam que o setor operou, em fevereiro, com uma média de 77,6% da capacidade instalada, o que representa uma alta de 0,5 ponto percentual frente a janeiro, quando a UCI atingiu 77,1%, na série dessazonalizada. Apesar da alta, a UCI está 2,2 pontos percentuais abaixo da observada em fevereiro de 2015 (79,8%) e 4,9 pontos percentuais menor que a média histórica.
O faturamento na indústria também cresceu pelo segundo mês consecutivo, com alta de 1,6% em fevereiro na comparação com janeiro, na série dessazonalizada. Na comparação com fevereiro do ano passado, no entanto, o faturamento apresenta uma queda de 9,9%.
Na avaliação do gerente executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, a melhora no faturamento na comparação com o mês anterior deve ser consequência de situações pontuais, como redução dos estoques e aumento das exportações. "Isso se explica porque não houve aumento do ritmo da atividade industrial. No caso das exportações, ocorre principalmente pela desvalorização do real que leva a uma gradual e pequena recuperação das exportações de produtos manufaturados", afirma Castelo Branco, em nota.
O emprego caiu 0,4% no mês passado ante janeiro. Segundo a CNI, essa é a 13ª queda mensal consecutiva do emprego da indústria. Em relação a fevereiro do ano passado, a queda é de 9,4%. As horas trabalhadas também voltaram a cair. A pesquisa apontou uma queda de 1,2% em relação a janeiro. Com isso, as horas trabalhadas acumulam queda de 8,9% na comparação com fevereiro de 2015.
A massa salarial real caiu 1,1% no mês, e o rendimento médio caiu 0,3% em relação a janeiro. Na comparação com fevereiro de 2015, houve uma queda de 11,5% na massa salarial e de 2,3% no rendimento médio.
O gerente da CNI afirma que é difícil prever uma reversão do quadro de recessão da indústria, principalmente em razão da situação de instabilidade política por que passa o País. "Esse aspecto soma-se às dificuldades tradicionais, a uma forte crise fiscal, à perda da capacidade de compra das famílias e à baixa intenção de investir, causado tanto pelo baixo uso da capacidade instalada do setor quanto pela falta de confiança. Toda a economia está sob domínio da política e espera uma solução para o quadro geral do País", afirma Castelo Branco.

IPP cai 0,58% em fevereiro ante alta de 0,68% em janeiro

O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que inclui preços da indústria extrativa e de transformação, registrou queda de 0,58% em fevereiro, informou o IBGE. A taxa de janeiro foi revisada de 0,56% para 0,68%. O IPP mede a evolução dos preços de produtos na "porta da fábrica", sem impostos e fretes, da indústria extrativa e de 23 setores da indústria de transformação.
Considerando apenas a indústria extrativa, houve recuo de 1,13% nos preços em fevereiro, após o tombo de 14,43% em janeiro. Já a indústria de transformação registrou redução de 0,57% no IPP de fevereiro, ante alta de 1,11% em janeiro. Com o resultado anunciado na manhã de quinta-feira, o IPP de indústrias de transformação e extrativa acumula alta de 0,09% no ano e avanço de 8,57% em 12 meses.

Confiança da indústria cresce para 75,1 pontos em março

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) avançou 0,4 ponto em março ante fevereiro, ao passar de 74,7 pontos para 75,1 pontos no período, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O aumento no indicador em março foi decorrente da melhora das avaliações do setor sobre a situação atual, apesar da piora nas expectativas para os próximos meses. O Índice da Situação Atual (ISA) aumentou para 78,6 pontos em março, o maior patamar desde abril de 2015. No entanto, o Índice de Expectativas (IE) recuou para 72,0 pontos, o menor nível da série histórica.
"Apesar da ligeira alta da confiança em março, os resultados da Sondagem da Indústria continuam, de certa forma, dúbios, refletindo o ambiente de elevada incerteza econômica e política. A percepção em relação à situação atual melhorou em função da continuidade do movimento de ajuste dos estoques. Mas isso tem se mostrado insuficiente para promover um aumento do otimismo do setor em relação aos meses seguintes", avaliou Aloisio Campelo, superintendente adjunto para Ciclos Econômicos do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV).
A menor proporção de empresas com estoques excessivos foi o fator com maior influência na evolução favorável do ISA. O percentual de empresas com estoques excessivos diminuiu de 17,7% em fevereiro para 17,0% em março, o menor resultado desde abril de 2015 (quando estava em 16,3%). Já a parcela de empresas com estoques insuficientes aumentou de 5,7% para 6,2% no mesmo período, a maior fatia desde agosto de 2013 (quando era de 6,7%).
A maior contribuição para a piora do IE de março veio das expectativas com relação à evolução da produção física nos três meses seguintes. O indicador de produção prevista recuou 2,0 pontos ante fevereiro, para 72,5 pontos, o menor nível da série histórica.
"O resultado mostra que fatores negativos, como a ausência de sinais de recuperação da demanda interna, continuam pesando mais na formação de expectativas para os meses seguintes que os fatores positivos, como a redução recente do desequilíbrio de estoques", ressalta a nota da FGV. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) ficou relativamente estável em março, aos 73,7%, 0,1 ponto percentual acima do registrado no mês anterior, quando estava no piso histórico.