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Economia

- Publicada em 31 de Março de 2016 às 22:09

Laboratório do Tecnopuc focará em cidades inteligentes

Mo Hongjun saudou a cooperação bilateral entre os dois países

Mo Hongjun saudou a cooperação bilateral entre os dois países


FREDY VIEIRA/JC
Guilherme Daroit
Inaugurado nesta quinta-feira, o Smart City Innovation Center, novo centro de pesquisa do parque tecnológico Tecnopuc, promete ajudar a dar uma cara nova às cidades gaúchas. O espaço será um laboratório para o desenvolvimento de ferramentas e aplicações que transformem os municípios nas chamadas "cidades inteligentes", utilizando a internet das coisas para melhorar os serviços prestados. O centro é uma parceria da Pontifícia Universidade Católica (Pucrs) com a gigante chinesa das telecomunicações Huawei, e já está desenvolvendo sistemas em fase de testes.
Inaugurado nesta quinta-feira, o Smart City Innovation Center, novo centro de pesquisa do parque tecnológico Tecnopuc, promete ajudar a dar uma cara nova às cidades gaúchas. O espaço será um laboratório para o desenvolvimento de ferramentas e aplicações que transformem os municípios nas chamadas "cidades inteligentes", utilizando a internet das coisas para melhorar os serviços prestados. O centro é uma parceria da Pontifícia Universidade Católica (Pucrs) com a gigante chinesa das telecomunicações Huawei, e já está desenvolvendo sistemas em fase de testes.
Entre estes projetos já em andamento, o coordenador do espaço, Fabiano Hessel, destaca uma plataforma de telegestão para a iluminação pública. A ferramenta permite que, a partir de um centro de controle, seja possível verificar e determinar a intensidade da luz emitida pela lâmpadas, além de temperatura e outras variáveis. "Torna mais fácil diminuir a incidência de luz em casos onde não é necessário estar em 100%, além de permitir que se ligue a lâmpada caso fique escuro durante o dia, em caso de tempestade, por exemplo", explica Hessel. Além disso, na área de segurança pública, é possível também deixar maisclaras as regiões com maior incidência de problemas.
A plataforma, segundo Hessel, está pronta para ser testada na prática em Porto Alegre, restando ainda a definição da rua onde será instalada. Outra aplicação desenvolvida, essa já testada em uma escola estadual, esquematiza uma chamada eletrônica de presença dos alunos para o controle da quantidade de merenda escolar, evitando desperdícios. Há ainda outro projeto de telemetria para as ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), permitindo o envio de informações e recomendações de atendimento à distância.
O investimento, em valor não divulgado, foi totalmente bancado pela Huawei. A universidade entra com a gestão de recursos humanos, com uma equipe de quinze pessoas entre alunos, professores e funcionários. "Apesar disso, e esse é um diferencial da Huawei, será uma plataforma aberta, à disposição de qualquer empresa que queira colaborar", garante Hessel. Quando assinado convênio com alguma prefeitura, os municípios também não serão obrigados a adquirir a tecnologia da Huawei. Um dos objetivos é a criação de um sistema operacional completo, integrando sistemas de vários fabricantes.
Presente ao evento de inauguração, o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, saudou a iniciativa como um "sinal de que existe vida além da crise". "Essa iniciativa do Tecnopuc se soma ao processo que transforma Porto Alegre em referência em tecnologia e inovação", continuou o prefeito, evocando ainda a consolidação do segmento no chamado Quarto Distrito da Capital.
Já o governador, José Ivo Sartori, exaltou a cooperação entre Brasil e China. "Ao contrário do que dizem, nós gaúchos não somos tão orgulhosos assim, e aceitamos todo tipo de ajuda e cooperação", brincou. Sartori também qualificou a tecnologia e a inovação com as grandes moedas do momento, e ressaltou a relevância do Rio Grande do Sul neste meio, com cerca de 15 parques tecnológicos. "Com isso, podemos conter a fuga de cérebros do Interior para a Capital e outros estados ou países, ajudando a diminuir a desigualdade regional no Estado", continuou.
O evento contou também com representantes da embaixada chinesa no Brasil, que também saudaram a cooperação bilateral. "Somos dois países parecidos, que começaram novas etapas nessas gerações. Mais do que parceiros econômicos, queremos ser parceiros sempre em inovação e na criação de produtos e serviços binacionais", garantiu o conselheiro da embaixada, Mo Hongjun.
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