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Energia

- Publicada em 30 de Março de 2016 às 18:00

EPE projeta nova queda no consumo de energia

Depois de ter fechado 2015 com queda de 2,1%, o consumo de energia no País deverá voltar a cair este ano. A informação foi dada ontem pelo presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, durante evento no Rio de Janeiro. A EPE é uma empresa pública, vinculada ao Ministério de Minas e Energia.
Depois de ter fechado 2015 com queda de 2,1%, o consumo de energia no País deverá voltar a cair este ano. A informação foi dada ontem pelo presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, durante evento no Rio de Janeiro. A EPE é uma empresa pública, vinculada ao Ministério de Minas e Energia.
Tolmasquim disse que os números relativos ao consumo de energia estão sendo revistos e deverão passar de uma previsão inicial de crescimento de 0,4% para uma queda de 0,4%. Mais uma vez, a retração, segundo a EPE, deverá ser puxada pelo setor industrial que, em razão do fraco desempenho da economia brasileira, que deverá cair este ano 4,5%, depois de ter fechado o ano passado em menos 5,3%.
A revisão das previsões do desempenho da demanda por energia ao longo deste ano será divulgada em abril pela EPE. O presidente da empresa disse, ainda, que a empresa estima que o PIB vai fechar o ano com queda de 3%. "Se olharmos para janeiro e fevereiro, a queda já é de 5,5%, puxada pela indústria com retração de 8,3%. Nas residências, a queda foi de 4,4% e, no comércio, de 3,2%. Isto já sinaliza como será o desempenho no ano", disse Tolmasquim.
Mesmo em patamares menores do que o habitual, os setores residencial e comercial deverão apresentar expansão do consumo ao longo do ano. As projeções da EPE são de que no comércio o consumo cresça 2,5%, e nas residências a expansão seja de 2%, expansão bem abaixo da média dos últimos anos para os dois setores, que oscilou em torno dos 6%.
"Este crescimento se dá porque a população continua crescendo, as pessoas comprando geladeiras, novas casas, assim como no comércio são construídos novos shoppings, surgem novas lojas. Mas é um crescimento pequeno em relação ao histórico de anos anteriores, em torno de 6%", admitiu.
"As estimativas para o quinquênio também serão reduzidas para baixo diante do cenário econômico e de dois anos seguidos de queda no consumo", ressaltou Tolmasquim, sem, no entanto, divulgar as novas projeções.
O presidente da EPE adiantou, porém, que, apesar da retração no consumo de energia, o ano será marcado por uma expansão na oferta de cerca de 9 mil megawats. "As perspectivas de expansão são muito boas com a motorização de novas máquinas nas hidroelétricas de Santo Antônio, Jirau, Belo Monte, Teles Pires. Então, a agregação de energia nova ao sistema será muito grande. E tem ainda eólicas e duas térmicas a gás natural entrando em operação", explicou.
Tolmasquim admitiu que a EPE, em razão da queda prevista no consumo de energia ao longo deste ano, e levando-se em consideração o fato de que a base de consumo está diminuindo, vai rever para baixo as projeções para os próximos cinco anos. Ele acredita, porém, que em 2017 deverá haver aumento do consumo. "Mas é preciso ver primeiro como será a taxa de retomada (do crescimento) para os próximos anos", finalizou.

Usina de Itaipu registra o melhor primeiro trimestre da história

Produção supera a do mesmo período do ano do recorde mundial estabelecido pela binacional

Produção supera a do mesmo período do ano do recorde mundial estabelecido pela binacional


ALEXANDRE MARCHETT/ITAIPU BINACIONAL/DIVULGAÇÃO/JC
A usina de Itaipu estabeleceu o melhor primeiro trimestre de sua história. Às 7h de terça-feira, a usina ultrapassou o recorde anterior de 24,83 milhões de megawatts-hora (MWh), registrado no primeiro trimestre de 2013, quando também foi registrado o recorde anual de geração.
A área técnica da usina trabalha agora com a expectativa de chegar aos 50 milhões de MWh no semestre. Este ano, a usina de Itaipu registrou o melhor janeiro e fevereiro, e sucessivos recordes de geração. Quanto mais Itaipu gera, menos dependência da geração térmica, que é menos limpa e mais cara.
A produção deste trimestre seria suficiente para atender o consumo de Foz do Iguaçu por 44 anos; do estado do Paraná por 10 meses; do município de São Paulo por 10,5 meses. E ainda: seria suficiente para atender toda a região Sul por 3,5 meses e o Brasil inteiro por aproximadamente 20 dias. Já o Paraguai seria abastecido por dois anos e um mês.
Em um comparativo com as maiores produtoras de energia do Brasil, a produção de quase 25 milhões de MWh representa mais do que a energia somada gerada ao longo de todo o ano passado pelas usinas do Rio Madeira, Santo Antônio e Jirau, que estão em fase de aumento de produção, mas já ocupam o terceiro lugar no ranking entre as três mil plantas de energia do Brasil.