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Indústria

- Publicada em 28 de Março de 2016 às 17:50

Setor automotivo prevê retomada no 4º trimestre

Indústrias contrataram 1.107 funcionários no mês passado

Indústrias contrataram 1.107 funcionários no mês passado


JOSÉ PATRÍCIO/ESTADÃO CONTEÚDO/AE/JC
A indústria automobilística deve retomar o crescimento a partir do quarto trimestre deste ano, com a expectativa de melhora da economia, estima Luiz Moan Yabiku Júnior, presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). "Torço para que as questões políticas sejam rapidamente resolvidas e que parem de contaminar a economia, sem partidarismo, sem ideologia. Todos temos que pensar no País", declarou durante o 7º Fórum da Indústria Automobilística, em São Paulo.
A indústria automobilística deve retomar o crescimento a partir do quarto trimestre deste ano, com a expectativa de melhora da economia, estima Luiz Moan Yabiku Júnior, presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). "Torço para que as questões políticas sejam rapidamente resolvidas e que parem de contaminar a economia, sem partidarismo, sem ideologia. Todos temos que pensar no País", declarou durante o 7º Fórum da Indústria Automobilística, em São Paulo.
Moan, que deixa o cargo na Anfavea no próximo mês, disse ter consciência de que faria a gestão da associação durante um período de crise, uma vez que os altos e baixos do setor costumam ser cíclicos. "Já tínhamos ultrapassado, em termos de crescimento, sete anos. Mas não podia imaginar uma crise tão profunda como estamos vivendo".
Os resultados de vendas absolutas no mês de março ficaram abaixo da expectativa com o agravamento da crise econômica, afirmou. Segundo ele, o setor deverá fechar com 20% a 25% de aumento em relação a fevereiro, um desempenho ruim - em fevereiro, o feriado do carnaval e o menor número de dias úteis reduzem as vendas. "Nós erramos a previsão. A projeção incluía aumento na média diária (de vendas), o que não aconteceu", explicou.
A projeção de crescimento de 8,1% nas exportações está mantida. A renegociação do acordo com a Argentina, que vence em junho, leva expectativa ao mercado. "Queremos um acordo de longo prazo e que gere previsibilidade para ambos os lados. Neste momento, não sabemos qual o desfecho dessa negociação, estamos trabalhando para um acordo de livre comércio", declarou. O mesmo é esperado para o México, cujo acordo vence daqui a um ano e meio.
Quanto ao emprego, Moan garantiu que as indústrias associadas têm buscado a manutenção dos postos de trabalho. Em fevereiro, 42 mil funcionários foram colocados no regime do Programa de Proteção ao Emprego (PPE), em lay off ou férias coletivas. Foram demitidos 15 mil trabalhadores.

Montadoras de caminhões e ônibus confirmam investimentos

Executivos de montadoras de caminhões e ônibus que participam da sétima edição do Fórum da Indústria Automobilística, em São Paulo, confirmaram, nesta segunda-feira, que os investimentos anunciados pelas empresas nos últimos anos estão mantidos, apesar da crise econômica. Somados, os valores planejados por MAN, Iveco, Scania e Mercedes-Benz alcançam R$ 2,78 bilhões.
O maior montante é o da MAN, que planeja investir R$ 1 bilhão em ciclo que começou em 2011 e termina neste ano. A Mercedes-Benz vem em seguida, com R$ 730 milhões de 2015 até 2018. A Iveco confirmou aporte de R$ 650 milhões entre 2014 e 2016; e a Scania, um investimento de R$ 400 milhões somente em 2016.
Representando a MAN, o executivo Ricardo Alouche, vice-presidente de vendas, marketing e pós-vendas, afirmou que espera mais um ano de queda no mercado de caminhões no Brasil, para algo entre 52 mil e 55 mil unidades, contra 72 mil unidades em 2015. Segundo ele, com o mercado interno enfraquecido, há um plano da empresa de elevar as exportações, com o objetivo de que as vendas externas alcancem 30% da produção no Brasil, hoje variando entre 10% e 15%.
Alouche disse ainda que a MAN segue estudando o projeto de iniciar produção na Argentina, mas que isso depende de qual acordo será assinado com o Brasil. "Não necessariamente precisamos de um acordo de livre comércio, mas pelo menos um refinamento do acordo atual", disse.

Reunião entre Brasil e Argentina sobre acordo automotivo é adiada

O encontro entre os governos brasileiro e argentino previsto para ontem foi adiado a pedido da Argentina. A expectativa era de que um acordo automotivo fosse fechado, e o Brasil está trabalhando para um livre comércio a partir do meio do ano.
Ainda não há nova data para o encontro. Entre os motivos para o cancelamento da reunião de ontem estão votações envolvendo a economia argentina. O presidente do país vizinho, Maurício Macri, trabalha para selar um acordo com os fundos abutres.