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agronegócios

- Publicada em 23 de Março de 2016 às 22:23

Estudo da Conab detalha clima para safra de verão

Imagens de satélite ajudam no monitoramento e são apoio às análises de mercado e gestão de estoques

Imagens de satélite ajudam no monitoramento e são apoio às análises de mercado e gestão de estoques


VANESSA ALMEIDA DE MORAES/EMATER/DIVULGAÇÃO/JC
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou, nesta quarta-feira, o 3º Boletim de Monitoramento Agrícola deste ano. O estudo é voltado à safra de verão (2015/2016) e avalia as condições atuais das lavouras em decorrência de fatores agronômicos e climáticos.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou, nesta quarta-feira, o 3º Boletim de Monitoramento Agrícola deste ano. O estudo é voltado à safra de verão (2015/2016) e avalia as condições atuais das lavouras em decorrência de fatores agronômicos e climáticos.
Nesta edição, o boletim confirma que a predominância de alterações climáticas positivas em Mato Grosso acabou antecipando o plantio do milho segunda safra, que, até o período do monitoramento, estava mais adiantado do que no ano anterior, e garantiu condições favoráveis para as lavouras da região. Em Goiás, os dados de satélite indicam também bom padrão na região Sul do estado, com o milho segunda safra apresentando um bom desenvolvimento. No caso de Mato Grosso do Sul, o predomínio de anomalias negativas no mapa climático da região Sudoeste do estado mostra que as atuais lavouras responderam com padrão inferior ao ano passado, em decorrência do excesso de chuvas que está atrasando a safra.
Já o estado do Paraná possui dinâmica agrícola diversificada. Pelas imagens de satélite, é possível observar que a safra está mais adiantada no Centro e no Sul do estado, e um pouco menos adiantada no Norte e Nordeste. No Rio Grande do Sul, o clima tem contribuído para o bom desenvolvimento das lavouras, o que pode ser confirmado pelo índice de vegetação superior ao dos anos anteriores nos períodos mais recentes. Já na região do Matopiba, que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, a falta de chuvas prejudicou as lavouras e pode comprometer, principalmente, os cultivos de primeira safra.
Os recursos técnicos utilizados são as imagens de satélites, do período de 18 de fevereiro a 12 de março, e de anos anteriores nesse mesmo período. Além de auxiliar nas estimativas de safra, o monitoramento também é utilizado como apoio às análises de mercado e gestão de estoques.

Colheita gaúcha segue pressionando cotação do arroz

Os preços do arroz em casca caíram na semana passada no Rio Grande do Sul, ainda pressionados pelo avanço da colheita no Estado. Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, muitas beneficiadoras demonstram baixo interesse por novas aquisições, negociando lotes apenas quando há necessidade de repor o estoque. Algumas indústrias relatam que as vendas de arroz beneficiado estão enfraquecidas desde o começo de março.
Do lado vendedor, orizicultores também estão retraídos, voltados às atividades de campo - o clima vem favorecendo a colheita nos últimos dias. Apesar de o trabalho de campo ter se intensificado nesta semana, ainda está atrasado em relação à safra 2014/2015. Além disso, parte dos orizicultores consultados pelo Cepea sinalizou que a lavoura semeada tardiamente e/ou que foi prejudicada pelas fortes chuvas ainda não está pronta para ser colhida.
Nesta quarta-feira, o Indicador Esalq/Senar-RS, 58% grãos inteiros, fechou a R$ 39,60 a saca de 50 quilos. No acumulado de março, o Indicador recuou 4,72%.