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Consumo

- Publicada em 23 de Março de 2016 às 17:35

IPCA-15 fica em 0,43% em março e sai dos dois dígitos

Responsáveis por 46% do índice do mês, com impacto de 0,20 ponto percentual, os alimentos desaceleraram fortement

Responsáveis por 46% do índice do mês, com impacto de 0,20 ponto percentual, os alimentos desaceleraram fortement


GILMAR LUÍS/JC
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é considerado uma prévia da inflação oficial no País, ficou em 0,43% em março, menor taxa para o mês desde 2012 (0,25%). Houve desaceleração frente a fevereiro, quando ficou em 1,42%, e na comparação com o 1,24% registrado em março do ano passado. Já o resultado acumulado em 12 meses ficou em 9,95%, abandonando os dois dígitos - no mês anterior estava em 10,84%. Nos três primeiros meses do ano, a taxa está em 2,79%.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é considerado uma prévia da inflação oficial no País, ficou em 0,43% em março, menor taxa para o mês desde 2012 (0,25%). Houve desaceleração frente a fevereiro, quando ficou em 1,42%, e na comparação com o 1,24% registrado em março do ano passado. Já o resultado acumulado em 12 meses ficou em 9,95%, abandonando os dois dígitos - no mês anterior estava em 10,84%. Nos três primeiros meses do ano, a taxa está em 2,79%.
De acordo com o IBGE, dos nove grupos pesquisados, somente dois aceleraram frente a fevereiro: artigos de residência, que passou de 0,86% a 0,88%, e vestuário, que subiu de 0,14% a 0,44%.
Responsáveis por 46% do índice do mês, com impacto de 0,20 ponto percentual, os alimentos desaceleraram fortemente. A taxa foi reduzida de 1,92% em fevereiro para 0,77% em março. Segundo o IBGE, vários itens registraram queda de preços, como tomate (-19,21%) e batata-inglesa (-4,61%). Outros, no entanto, mantiveram a alta, como cenoura (24,08%), frutas (6,11%) e farinha de mandioca (5,94%).
Com alta de 1,23%, os combustíveis tiveram o impacto individual sobre o IPCA-15, de 0,07 ponto percentual. O preço do litro da gasolina registrou elevação de 0,82%, enquanto o do etanol subiu 3,20%. Salvador foi a capital onde encher o tanque ficou mais caro: 5,45% no caso da gasolina e 9,27%, no do etanol.
Outras altas relevantes de produtos foram de cigarro (3,26%); motocicleta (2,85%); TV, som e informática (2,11%); eletrodomésticos (1,89%); artigos de limpeza (1,49%); plano de saúde (1,06%); ônibus urbano (0,76%); e empregado doméstico (0,72%).
Já a energia elétrica, vilã da inflação em 2015, foi a principal responsável por puxar o IPCA-15 para baixo. Com queda de 2,87% frente a fevereiro, teve impacto de -0,11 ponto percentual sobre a taxa do mês. A redução no preço da bandeira tarifária, que passou de R$ 3,00 para R$ 1,50 a cada 100 kW/h desde o dia 1, causou a baixa no custo da conta de luz, que ficou mais barata em todas as regiões. Em fevereiro, este item já havia registrado queda, mas bem mais moderada, de 0,18%.
Os preços administrados como um todo recuaram de 1,37% em fevereiro para 0,17% em março. Há um ano, devido à alta no preço da energia, a variação era de 2.89%. Alberto Ramos, do Goldman Sachs, explica que, como esperado, a inflação dos preços administrados está desacelerando e deve ser o principal elemento moderador da taxa como um todo em 2016.
As passagens aéreas, que recuaram 10,79%, também ajudaram a desacelerar a prévia da inflação oficial em março. Em fevereiro, o recuo foi de 15,75%.
Também contribuiu para o resultado do IPCA-15 de março o fato de a alta registrada pelo grupo educação ter sido bem menor do que no anterior, passando de 5,91% para 0,67%. A maior parte dos reajustes ocorridos nas mensalidades escolares deste ano letivo já foi feita.
Ramos alerta que apesar da recessão e da deterioração do mercado de trabalho a inflação continua generalizada. "A difusão da inflação ficou em 71,5% em março, abaixo dos 77,5% de fevereiro, mas acima dos 69,3% de um ano atrás, um sinal de que as pressões inflacionárias continuam intensas e generalizadas", afirma.
A região que registrou maior taxa de inflação medida pelo IPCA-15 em março foi Goiânia (0,67%), seguida por Porto Alegre (0,66%). Já o menor índice foi registrado na Região Metropolitana do Rio de Janeiro (0,11%), onde os alimentos subiram 0,21%, abaixo da média nacional (0,77%).

Inflação de preços na internet registra elevação mensal de 1,76% em fevereiro

O índice de inflação na internet, conhecido como e-flation e calculado pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar) em parceria com o Programa de Administração de Varejo (Provar), teve alta de 1,76% em fevereiro ante janeiro. No resultado acumulado em 12 meses, a inflação ficou em 13,31%.
Das 10 categorias pesquisadas, oito subiram de janeiro para fevereiro. A maior alta foi em medicamentos (4,60%); seguida por perfumes e cosméticos (4,22%); eletroeletrônicos (4,17%); CDs e DVDs (4,04%); telefonia e celulares (3,72%); eletrodomésticos (1,59%); livros (1,53%) e informática (0,48%). Já em brinquedos (-4,47%) e cine e fotos (-1,20%), houve deflação.