Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 16 de Março de 2016 às 22:41

Fimec aposta em alta da competitividade do País

 Cobertura da feira de couros, máquinas e partes para calçados Fimec

Cobertura da feira de couros, máquinas e partes para calçados Fimec


JONATHAN HECKLER/JC
Luiz Eduardo Kochhann
A situação cambial, com o dólar valorizado frente ao real, e o investimento em inovação prometem recuperar, ao menos em parte, as perdas que a indústria brasileira de máquinas para calçadistas tem tido no mercado interno, onde a queda foi de 30% no ano passado. Esse é o diagnóstico feito por entidades do segmento durante a 40ª Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes (Fimec), a maior feira coureiro-calçadista da América Latina, que termina hoje, na Fenac, em Novo Hamburgo.
A situação cambial, com o dólar valorizado frente ao real, e o investimento em inovação prometem recuperar, ao menos em parte, as perdas que a indústria brasileira de máquinas para calçadistas tem tido no mercado interno, onde a queda foi de 30% no ano passado. Esse é o diagnóstico feito por entidades do segmento durante a 40ª Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes (Fimec), a maior feira coureiro-calçadista da América Latina, que termina hoje, na Fenac, em Novo Hamburgo.
Em 2015, o setor comercializou US$ 18 milhões com o exterior. Apesar do número não sustentar a defasagem do mercado interno, segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos para os setores de Couro, Calçados e afins (Abrameq), Marlos Schimidt, trata-se de um "ótimo patamar", a ser alcançado novamente em 2016. Nesse sentido, os principais mercados são o México, a Argentina, a Colômbia, o Equador e o Peru. "Ainda temos um campo muito grande de oportunidades para reforçar a atuação nesses países e, em paralelo, o objetivo é trabalhar prospecção na Guatemala, República Dominicana, Nicarágua, Chile e Bolívia", completa Schmidt.
A questão cambial, com dólar valorizado frente ao real, é o principal fator de recuperação das exportações, fazendo a diferença desde o ano passado. Além disso, a Abrameq trabalha a promoção da marca Brazilian Shoes And Leather Machinery junto aos calçadistas internacionais. "Queremos levar esse conceito de máquinas brasileiras para feiras internacionais. Isso já tem feito a diferença, pois agregamos valor coletivamente, credenciando a indústria nacional e facilitando as negociações", destaca Schimidt. No mercado interno, a expectativa da entidade é que os calçadistas invistam em novos conceitos de maquinário que melhorem a produtividade e diminuam o desperdício de matéria prima.
A Fimec conta com uma fábrica conceito, onde é possível conferir as principais novidades em termos de tecnologia e sustentabilidade. Inclusive, a principal atração do local é uma pequena máquina nacional que promete revolucionar a indústria calçadista. O equipamento utiliza o método String, antes viável apenas na confecção de tênis, para produzir outros tipos de sapatos, principalmente os femininos. "Estamos falando de uma tecnologia nacional que revoluciona o processo de automação do setor", afirma o diretor da Coelho Assessoria Empresarial e responsável pela fábrica conceito, Luís Coelho. Todos os 1,5 mil pares produzidos na feira serão doados.
O diferencial da 200-ISA, máquina desenvolvida pela ISA Tecnologia, uma empresa familiar de Novo Hamburgo, com 32 anos de atuação no mercado, está na diminuição dos custos e aumento da produtividade. "Reduzimos o desperdício de matéria-prima, o gasto de energia elétrica e não é necessário mão de obra especializada ou ferramentaria", explica a gerente administrativa da companhia, Cristiane Crasnhak. Conforme Cristiane, o comparativo realizado com o modelo tradicional de confecção mostrou uma redução de R$ 2,70 por par no custo dos sapatos em uma produção de 1,3 mil pares por dia com a utilização do equipamento, capaz de fabricar 1,3 mil pares diários.
A economia final de todo processo pode chegar a 20%, o que tem alavancado a comercialização da máquina, uma vez que ela pode custar 10% menos do que uma tradicional. Por enquanto, o mercado latino-americano é prioridade, com foco no México, mas o Grupo Sazi, de Farroupilha, parceiro na comercialização do produto, tem negociações avançadas com indústrias da Índia e da África do Sul, além de estar prospectando negócios junto a parceiros na Europa. "É apenas nosso primeiro ano de vendas e já estamos nas maiores fábricas do Brasil e migrando para fora, o que mostra que o País tem tecnologia e está cada vez mais competitivo", completa Cristiane. A 200-ISA venceu o prêmio Lançamentos Fimec na categoria Máquinas para Calçados.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO