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Economia

- Publicada em 10 de Março de 2016 às 15:13

Foton oficializa operação na fábrica da Agrale

Sartori, ao lado do prefeito de Guaíba, simula direção do caminhão da Foton

Sartori, ao lado do prefeito de Guaíba, simula direção do caminhão da Foton


Civa Silveira/Divulgação Prefeitura Guaíba/JC
Patrícia Comunello
Acionistas e executivos da Foton Aumark do Brasil não perderam tempo nesta quinta-feira em rápida passagem pelo Rio Grande do Sul. Depois de assinar, em Guaíba, pela manhã, um aditivo ao protocolo de intenções que existe com o Estado desde 2013 para erguer um parque industrial no município, os representantes da empresa subiram a Serra gaúcha para fechar o acordo com a Agrale. O aditivo transferiu os prazos da operação em Guaíba de 2016 para o fim de 2017, e ainda incluiu no pacote de linhas automotivas vans e utilitários (SUVs).
Acionistas e executivos da Foton Aumark do Brasil não perderam tempo nesta quinta-feira em rápida passagem pelo Rio Grande do Sul. Depois de assinar, em Guaíba, pela manhã, um aditivo ao protocolo de intenções que existe com o Estado desde 2013 para erguer um parque industrial no município, os representantes da empresa subiram a Serra gaúcha para fechar o acordo com a Agrale. O aditivo transferiu os prazos da operação em Guaíba de 2016 para o fim de 2017, e ainda incluiu no pacote de linhas automotivas vans e utilitários (SUVs).
O presidente do Conselho de Administração da Aumark do Brasil, Luiz Carlos Mendonça de Barros, formalizou o contrato com a Agrale, em Caxias do Sul. O acordo entra em vigor em junho, com a largada da produção dos modelos de caminhões de 3,5 toneladas (t) e 10 t. A intenção é montar inicialmente 50 unidades, aumentando conforme a recuperação do mercado interno, projetou o empresário. O contrato com a indústria de veículos será de 12 meses. 
"Vamos ocupar a capacidade ociosa da fábrica, o que é bom para a mão de obra", comentou o presidente do conselho. A região de Caxias do Sul registrou queda de mais de 18% no saldo de empregos formais no ramo automotivo em 2015. O polo gaúcho é o segundo maior do País. No próximo ano, a meta da Aumark é montar 2 mil veículos ao ano na unidade, que seria alcançado em 2017. "Trabalhamos com a recuperação do mercado brasileiro somente entre 2021 e 2022, voltando ao patamar de 2013 (que ultrapassou 170 mil caminhões)", sinalizou o acionista. Neste ano, o setor trabalha com volume de 90 mil. A Aumark firmou acordo com a chinesa Foton para repasse de tecnologia e montagem dos modelos.
A operação inicial em Caxias do Sul se deve ao atraso no empreendimento em Guaíba, que era previsto para entrar em funcionamento em janeiro deste ano. Demora na tramitação da transferência da área de 100 hectares para a empresa e tramitação do projeto para licenciamento acabaram adiando os planos da fabricante. A montagem em Caxias, segundo Barros, atenderá aos prazos do programa Inovar-Auto, do governo federal, que estipula condições para acessar incentivos tributários federais. Entre as exigências estão começar neste ano a montar os produtos e o nível de nacionalização acima de 60% dos componentes. A importação de caminhões, feita até dezembro de 2015, ocorria pelo porto do Rio Grande, condições prevista no protocolo estadual para acessar vantagens tributárias internas. 
Na assinatura do aditivo em Guaíba, participaram o governador José Ivo Sartori (PMDB) e o prefeito da cidade, Henrique Tavares (PTB). "Este ato trouxe tranquilidade aos guaibenses, que até hoje têm o estigma da saída da Ford", lembrou Tavares. Desde que surgiu a opção Agrale para fazer a produção, a insegurança e o temor de perder mais uma montadora contagiaram os moradores, admitem assessores do prefeito. A montadora norte-americana abandonou o projeto que ocuparia a área total, onde parte apenas será destinada aos produtos chineses. Sartori, o prefeito e Barros subiram na cabine do modelo de 10 t que começa a ser montado na Agrale. O governador posou de motorista de caminhão. 
O começo da construção das obras em Guaíba depende ainda da aprovação e posterior liberação de recursos pedidos ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes). O registro da escritura já estaria em andamento, segundo as empresas e áreas do governo estadual. O investimento total para montar uma unidade com capacidade de fabricar 21 mil unidades ao ano (projeção para após 2019) é estimado em R$ 250 milhões. A primeira fase deve envolver R$ 110 milhões, sendo que R$ 65 milhões foram pedidos ao Bndes, esclareceu Barros. Parte do aporte total também será aplicada em desenvolvimento. 
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