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Economia

- Publicada em 09 de Março de 2016 às 23:23

Fecoagro defende ações de diversificação no trigo

 Lavoura de trigo. Divulgação Emater

Lavoura de trigo. Divulgação Emater


EMATER/DIVULGAÇÃO/JC
As alternativas de produção e comercialização da cultura do trigo propostas pela Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (Fecoagro/RS) foi apresentada para o público no Fórum da Cultura do Trigo, ontem, na Expodireto Cotrijal. O projeto já apresentado para as cooperativas associadas e ao Ministério da Agricultura foi explanado pelo presidente Paulo Pires aos presentes no evento.
As alternativas de produção e comercialização da cultura do trigo propostas pela Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (Fecoagro/RS) foi apresentada para o público no Fórum da Cultura do Trigo, ontem, na Expodireto Cotrijal. O projeto já apresentado para as cooperativas associadas e ao Ministério da Agricultura foi explanado pelo presidente Paulo Pires aos presentes no evento.
O dirigente ressaltou a importância da cultura do trigo para os produtores gaúchos. No entanto, as dificuldades de preço, clima e crédito vêm afetando a rentabilidade do produtor. Pires lembrou que desde 2005 há um cenário onde o custo da lavoura é maior do que o preço médio pago ao produtor. Enfatizou também a competição com o Paraná, que tem vantagens tributárias e logísticas em relação ao Rio Grande do Sul. "Por mais competência que o agricultor gaúcho tenha, temos uma desvantagem tributária e logística em relação ao Paraná."
Pires também afirmou que é importante a manutenção de área de trigo no Estado. Na última safra, conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a redução foi de 24%, passando para 861 hectares ocupados com a cultura. Além da questão agronômica, uma das preocupações de Pires é a dependência da cultura da soja para a manutenção de renda na propriedade. "Achamos de primordial importância que o trigo tenha uma boa área no Rio Grande do Sul, pois está diminuindo a margem para que apenas a soja carregue a renda do produtor gaúcho", observou.
Pires ressaltou que o produtor se acostumou a plantar trigo pão usando toda a tecnologia para atender a demanda dos moinhos, mas não há a compensação financeira, especialmente em períodos de variação do clima. Para isso é preciso do apoio das entidades de pesquisa para o desenvolvimento de variedades que possam atender as mais diversas alternativas de mercado. "Não podemos mais perder área, precisamos do apoio da pesquisa para aumentar produtividade. O produtor precisa do trigo, mas do jeito que está não tem como continuar", alertou.
O dirigente defendeu a diversificação e regionalização da produção e a busca por mercados alternativos, tanto interno quanto externo, como forma de reduzir custos de produção. "Não significa retrocesso, hoje qualquer empresa pode fazer isso. Podemos por meio de práticas culturais ter produtividades maiores com mais proteína. E quem optar por já ter bons resultados com o trigo pão, vai ser beneficiado pelo enxugamento da oferta", reforçou.
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