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Economia

- Publicada em 09 de Março de 2016 às 18:34

Interfarma estima em 12,5% o reajuste de medicamentos

Estadão Conteúdo
Cálculos da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) indicam que os medicamentos podem ficar até 12,5% mais caros a partir do próximo dia 31. Se o aumento for confirmado, vai superar, pela primeira vez em dez anos, a inflação, que fechou 2015 em 10,67%. "As oscilações do câmbio e o aumento expressivo da energia elétrica tiveram grande influência na mudança", destaca nota da Interfarma.
Cálculos da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) indicam que os medicamentos podem ficar até 12,5% mais caros a partir do próximo dia 31. Se o aumento for confirmado, vai superar, pela primeira vez em dez anos, a inflação, que fechou 2015 em 10,67%. "As oscilações do câmbio e o aumento expressivo da energia elétrica tiveram grande influência na mudança", destaca nota da Interfarma.
No ano passado, nesta mesma época, o ajuste autorizado foi de 7,70%, 6,35% e 5% nos preços de remédios, dependendo da categoria do produto. O governo ainda não divulgou oficialmente de quanto será o reajuste em 2016 e informa que o processo está em consulta pública.
"A Câmara de Medicamentos, por meio da sua Secretaria-Executiva, iniciou a Consulta Pública nº 1/2016 que trata de futura resolução que irá regulamentar a possibilidade de revisão extraordinária de preço de medicamento por motivo de interesse público", escreve nota da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A expectativa é que a Anvisa informe a magnitude do reajuste nos próximos dias.
Anualmente, o governo divulga aumento nos preços dos medicamentos com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Hoje, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou o IPCA de fevereiro (0,90%), que acumulou alta de 10,36% em 12 meses. Além de levar em consideração o resultado do índice oficial de inflação, o governo usa outros três fatores para definir as faixas de correção.
De acordo com a Interfarma, o primeiro fator considera a produtividade da indústria, que fora positiva nos últimos anos. Já o segundo se baseia na concorrência das classes terapêuticas para estabelecer faixas distintas de reajustes. Por último, o terceiro fator pondera forças econômicas como câmbio e energia elétrica na equação.
"O cálculo do governo mostra com clareza que até a indústria farmacêutica, normalmente menos prejudicada por crises econômicas, está sendo atingida pelo momento difícil que o Brasil enfrenta", afirma o presidente-executivo da Interfarma, Antônio Britto.
A despeito da expectativa do mercado de que o IPCA de abril deste ano ficará menor que a variação de 0,71% registrada em igual mês de 2015, por causa da queda nos preços de energia em decorrência da implantação da bandeira verde, o reajuste dos medicamentos tende a limitar tal impacto sobre a inflação do período.
Se o aumento ficar nessa magnitude, de 12,5%, ele deve provocar uma alta de 10% no item produtos farmacêuticos no âmbito do IPCA de 2015, após quase 7,00% em 2015, segundo uma fonte consultada. "O mercado já esperava algo perto de 10% por causa da inflação passada, que foi muito elevada", disse.
O economista Thiago Biscuola, da RC Consultores, estima que, se o reajuste for confirmado em 12,5%, o impacto no IPCA deste ano será de 0,38 ponto porcentual, 0,04 ponto porcentual a mais do que se o aumento fosse em linha com a inflação dos últimos 12 meses. No ano passado, a contribuição dos produtos farmacêuticos foi de 0,23 ponto porcentual.
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