Apesar de o Tribunal de Contas da União (TCU) ainda estar analisando a modelagem para a próxima rodada de leilões de aeroportos, o ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Guilherme Ramalho, disse ontem que o cronograma das concessões está mantido, com o leilão previsto para o fim do primeiro semestre deste ano. Nessa próxima fase, serão concedidos os terminais de Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC), Salvador (BA) e Fortaleza (CE), dessa vez, sem a participação da Infraero.
"Devemos publicar o edital em maio. Temos mantido o diálogo com o TCU e esperamos ter dirimido todas as dúvidas do órgão de controle", afirmou Ramalho. "É normal haver questionamentos, não há nenhuma rusga com o TCU", completou.
De acordo com ele, a possível falta de quórum na diretoria colegiada da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) também não atrapalhará o andamento das concessões. "Vamos enviar sugestões de nomes para a presidência da República nos próximos dias", garantiu o ministro da Aviação Civil.
Pesquisa da SAC elege aeroporto de Curitiba o melhor do Brasil
O Aeroporto Internacional Afonso Pena, de Curitiba (PR), foi eleito o melhor do Brasil, vencendo a segunda edição do Prêmio Aeroportos Brasil, concedido pela Secretaria de Aviação Civil (SAC). Foram ouvidos 52 mil usuários de voos domésticos e internacionais em 15 aeroportos brasileiros ao longo de 2015. Em 2014, o prêmio foi concedido ao Aeroporto Internacional dos Guararapes Gilberto Freyre, no Recife (PE). Ao todo, 11 categorias compõem a premiação referente a 2015.
Além de vencer o prêmio Aeroporto Brasil, que é o principal, o aeroporto de Curitiba foi o mais bem avaliado em três outras categorias: Restituição de Bagagem; Aeroporto Cordial; e Raio-X. Dois terminais venceram em duas categorias. O Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves, em Natal, venceu a de Check-in e de Aeroporto Confortável; enquanto o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), ganhou nas categorias Aeroporto com Facilidades ao Passageiro e Aeroporto Limpo.
A categoria Serviço Público Eficiente foi vencida pelo Aeroporto Internacional Presidente Juscelino Kubitschek, de Brasília. Neste ano, a SAC dedicou duas premiações às companhias aéreas. A Azul venceu na categoria Empresa Aérea com Check-in Rápido, por registrar o menor tempo médio de espera nos balcões; e a Gol Linhas Aéreas ganhou na de Restituição de Bagagem Eficiente, por registrar o menor tempo entre a chegada da aeronave e a entrega da última bagagem na esteira.
Latam tem prejuízo de US$ 16,3 mi no 4º trimestre de 2015
O grupo Latam Airlines, dono da TAM e da LAN, registrou um prejuízo líquido de US$ 16,3 milhões no quarto trimestre de 2015, revertendo assim o lucro de US$ 98,3 milhões registrado em igual intervalo do ano passado.
O resultado, segundo fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), inclui uma despesa não recorrente de US$ 71 milhões de custos com devolução de aeronaves, "relacionados principalmente à desativação gradual da frota de aeronaves Airbus A330, que deve ocorrer ao longo de 2016", informou o grupo.
Além da desativação da frota, a Latam menciona uma perda cambial de US$ 57,1 milhões, referente à desvalorização do peso argentino e do bolivar venezuelano. O lucro operacional da Latam, de outubro a dezembro de 2015, foi de US$ 149,2 milhões, uma queda de 44,1% na comparação com 2014. A margem operacional ficou em 6,2% no trimestre, de 8,6% anteriormente. O Ebitda atingiu US$ 377,973 milhões, um declínio de 26,5% ante o resultado do quarto trimestre de 2014.
A margem Ebitda passou de 16,6% para 15,7%. No acumulado do ano de 2015, a Latam registrou prejuízo líquido de US$ 219,184 milhões, um avanço de 99,6% na comparação com o prejuízo líquido de US$ 109,790 milhões no ano de 2014. O resultado não operacional inclui uma despesa líquida com variação cambial, sem efeito caixa, de US$ 467,9 milhões, refletindo principalmente a desvalorização de 49,0% do real no ano.
O resultado operacional de janeiro a dezembro do ano passado somou US$ 513,919 milhões, ficando praticamente estável na comparação com 2014. A margem operacional passou de 4,1% para 5,1%. O grupo revisou seus guidances para 2016, divulgados preliminarmente em janeiro deste ano, diante da baixa demanda no mercado brasileiro e da consequente desaceleração do setor aéreo. Com isso, foi intensificado o corte da oferta no Brasil tanto em rotas domésticas quanto internacionais. A projeção para ASK, que é a soma da multiplicação do número de poltronas disponíveis pela distância de cada voo, da Latam agora é de queda de 1% a expansão de 2% em 2016, contra um crescimento de até 3% previsto anteriormente.