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Habitação

- Publicada em 08 de Março de 2016 às 20:22

Caixa voltará a financiar o segundo imóvel

 4° FEIRÃO CAIXA DA CASA PRÓPRIA, NO CENTRO DE EVENTOS DA FIERGS.

4° FEIRÃO CAIXA DA CASA PRÓPRIA, NO CENTRO DE EVENTOS DA FIERGS.


MATEUS BRUXEL/ARQUIVO/JC
As pessoas que ainda estão pagando pela compra de um imóvel financiado pela Caixa Econômica Federal (CEF) poderão fazer um segundo contrato do gênero. A medida integra ações para reaquecer o mercado imobiliário e foi anunciada ontem pela presidente da CEF, Miriam Belchior, durante a divulgação do balanço financeiro do banco. "A meta é aquecer a demanda para que se tenha um impacto de maior acesso à moradia e à retomada da construção civil", disse.
As pessoas que ainda estão pagando pela compra de um imóvel financiado pela Caixa Econômica Federal (CEF) poderão fazer um segundo contrato do gênero. A medida integra ações para reaquecer o mercado imobiliário e foi anunciada ontem pela presidente da CEF, Miriam Belchior, durante a divulgação do balanço financeiro do banco. "A meta é aquecer a demanda para que se tenha um impacto de maior acesso à moradia e à retomada da construção civil", disse.
Segundo o vice-presidente de Habitação da CEF, Nelson Antônio de Souza, esse tipo de financiamento estava fechado desde maio de 2015. Souza explicou que as regras para o financiamento serão as que estão vigentes. E os recursos a serem disponibilizados pela CEF serão semelhantes aos do ano passado.
Também foi elevada a cota de financiamento para os imóveis, que antes era de 50% e passou para 70% nos contratos pelo Sistema de Financiamento Habitacional (SFH) com valor de até
R$ 750 mil. Para viabilizar os empréstimos, a CEF contará com recursos adicionais de R$ 16,1 bilhões, elevando em 64 mil o número de unidades habitacionais em relação ao ano passado.
Serão disponibilizados R$ 7 bilhões do total de R$ 9,5 bilhões pelo Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS - para a linha de crédito Pró-Cotista. As taxas de juros vão variar de 7,85% a 8,85% ao ano, no caso dos imóveis de até R$ 750 mil.
A CEF anunciou, ainda, a reabertura do crédito para imóveis usados em que os interessados poderão contratar até 80% do valor do imóvel. Com participação de 67,2% do mercado, os contratos habitacionais em 2015 atingiram R$ 91,1 bilhões. Desse total, R$ 55,5 bilhões se referem aos recursos do FGTS e R$ 34,8 bilhões são provenientes do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).
O vice-presidente da CEF, Márcio Percival, informou que o crédito habitacional e os aportes para a infraestrutura são as principais linhas operacionais de empréstimo. Dos R$ 679,5 bilhões da carteira de crédito do ano passado, R$ 384,2 bilhões foram para a habitação, que teve um aumento de 13%. Ele informou que, pelo modelo conservador na concessão do crédito, é baixo o risco de calotes com uma inadimplência pequena, de 3,55%.

Lucro da CEF cresceu apenas 0,9% no ano passado, menor avanço entre os grandes bancos

A Caixa Econômica Federal teve lucro líquido de R$ 7,2 bilhões em 2015, crescimento de 0,9% na comparação com 2014. É o menor avanço do lucro entre os grandes bancos brasileiros no último ano.
Como comparação, o lucro do Banco do Brasil cresceu 28% no ano passado, enquanto o do Bradesco avançou 13,9% e o do Itaú Unibanco teve expansão de 15,4%. A carteira de crédito avançou 11,9%, para R$ 679,5 bilhões. O crédito habitacional ainda registrou crescimento de 13%, para
R$ 384,2 bilhões.
Os novos contratos de financiamento imobiliário somaram R$ 91,1 bilhões, dos quais R$ 55,5 bilhões vieram de recursos do FGTS. Os financiamentos com recursos da poupança somaram R$ 34,8 bilhões. Apesar dos saques registrados na caderneta de poupança em 2015, ano que terminou com captação negativa de R$ 53,6 bilhões, a Caixa informou ter registrado saldo de R$ 141,1 bilhões, alta de 1,9%.
A inadimplência acima de 90 dias foi de 3,55%, aumento de 1 ponto percentual no ano. A inadimplência cresceu nos segmentos para pessoa física e para micro e pequenas empresas. O custo de captação da Caixa cresceu 43% em 2015, para R$ 103,43 bilhões. Segundo Márcio Percival Alves Pinto, vice-presidente de finanças, o aumento dos juros no último ano e a mudança no funding do banco, com a fuga dos poupadores da caderneta, afetaram negativamente a captação.
A participação da poupança na captação do banco caiu de 43%, no final de 2014, para 39% no último trimestre do ano passado. Já a participação da captação por LCI (Letra de Crédito Imobiliário), mais cara que a poupança, subiu de 16% para 18%. A provisão para devedores duvidosos subiu 49,4%, para R$ 19,657 bilhões. Do montante, até R$ 2,5 bilhões são provisões por questões prudenciais.

Compras de terrenos continuarão agressivas, diz MRV

A MRV Engenharia deve continuar a ser agressiva em compra de terrenos em 2016, de acordo com o diretor-presidente Rafael Nazareth Menin Teixeira de Souza.
O executivo disse que esse movimento é adequado para destinação de caixa e que, em algumas cidades relevantes, a MRV tem um banco de terrenos pequeno em comparação com o potencial dos locais. Já a partir de 2017, a companhia deve ter recomposição de banco de terrenos, conforme a MRV for utilizando os espaços para lançamentos.
O banco de terrenos de MRV Engenharia aumentou 25,9% no quarto trimestre de 2015, ante igual período do ano anterior, para R$ 33,3 bilhões. Na relação com os três meses imediatamente anteriores, a elevação foi de 8,7%. O executivo explicou que o período de 2009 até 2012 foi de muita competição e a MRV buscou aquisição de terrenos no interior, que tinha boa demanda e pouca competição.
A maior parte das empresas competiram nas cidades maiores, enquanto a MRV diminuía sua participação nessas regiões. A partir de 2014, no entanto, a competição caiu muito e as empresas passaram a atuar em outros segmentos ou a mudar de mercado. "A MRV optou por equilibrar o Land Bank, com compras nas cidades maiores. E esse movimento se intensificou no ano passado", disse. "Conseguimos comprar bons terrenos, com ciclo de legalização mais curto e mais barato", acrescentou.
Diante do foco maior da companhia em grandes praças, o executivo disse que a concorrência é mais elevada nesses locais, mas que, ao mesmo tempo, são praças com um mercado maior. Enquanto isso, a companhia continua atuando em outras cidades menores, em que a competição é menos intensa, afirmou o executivo. Para a aquisição de terrenos em 2015, a companhia desembolsou R$ 280 milhões de caixa, sendo que parte desse pagamento correspondeu a compras anteriores ao ano passado. O volume deve ser mantido em patamar semelhante em 2016, com pagamentos também divididos entre compras novas e antigas.

Atividade de construção imobiliária cai 5,1% em fevereiro, segundo indicador

O índice de atividade da construção imobiliária (IACI) voltou a registrar queda em fevereiro, após leve alta em janeiro, de acordo com o Monitor da Construção Civil (MCI), composto por um conjunto de índices elaborado em parceria entre a Tendências e a Criactive.
Na comparação com janeiro, o índice recuou 5,1% em fevereiro, após alta de 0,1% no mês anterior, considerando os dados livres de efeitos sazonais. Na comparação com igual período do ano anterior, a baixa foi de 11,6% no segundo mês do ano.
A atividade da construção imobiliária segue em retração, sem perspectiva de reversão diante da trajetória negativa dos principais condicionantes do mercado imobiliário. De acordo com a economista da Tendências e especialista na construção civil, transporte e logística Mariana Oliveira, ainda não é possível enxergar um ajuste em termos de estoque e melhoria de vendas.
"Só no momento que tivermos um ajuste mais forte de estoque, poderemos pensar em ciclo mais positivo na atividade de construção", afirmou. "Como não víamos essa melhoria de vendas e ajuste de estoques, a possibilidade de voltar a produzir e retomar a atividade, mesmo que de forma incipiente, ainda não acontece", acrescentou.