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Economia

- Publicada em 07 de Março de 2016 às 20:57

Projeção de IPCA para 2016 sobe de 7,57% para 7,59%, aponta Focus

Estadão Conteúdo
Depois de uma semana de respiro, o mercado financeiro voltou a elevar suas projeções para a inflação deste ano. Além disso, aumentou também a perspectiva de recessão da atividade em 2016, segundo o Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira (7) pelo Banco Central. A pesquisa conta com as previsões de cerca de 120 instituições.
Depois de uma semana de respiro, o mercado financeiro voltou a elevar suas projeções para a inflação deste ano. Além disso, aumentou também a perspectiva de recessão da atividade em 2016, segundo o Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira (7) pelo Banco Central. A pesquisa conta com as previsões de cerca de 120 instituições.
No levantamento anterior, as estimativas para o IPCA deste ano caíram para 7,57%, mas agora engataram alta novamente e estão em 7,59%. O porcentual se distancia ainda mais do teto da meta de 6,50%. Para 2017, o consenso do mercado segue congelado em 6% pela quarta semana consecutiva.
A tendência de alta das expectativas vista desde o ano passado tem sido um dos principais argumentos para que dois diretores do BC mantivessem a opção pela alta dos juros desde novembro de 2015. Apesar de serem votos vencidos e a Selic continuar em 14,25% ao ano desde julho do ano passado, esses membros do Comitê de Política Monetária (Copom) têm procurado mostrar coerência em suas decisões. Isso porque, as expectativas são papel fundamental no sistema de metas de inflação que o Brasil adotou desde 1999 e que tem no Relatório Focus uma de suas ferramentas.
Com a perspectiva de que dificilmente o colegiado terá como alterar o nível dos juros básicos brasileiros, o documento de hoje mostrou que não houve mudanças nas estimativas para a Selic. Segue em 14,25% ao ano para 2016 e em 12,50% ao ano em dezembro de 2017.
Pesa também nessa análise a retração econômica, já que um aumento das taxas agora poderia piorar ainda mais o cenário para a atividade doméstica. Pelo boletim Focus, o Produto Interno Bruto (PIB) deve ter queda de 3,50% este ano ante previsão anterior de 3,45%. Já para 2017, ainda há expectativa de retomada do crescimento, de 0,50%, a mesma da semana passada.
Diagnóstico semelhante é feito para a produção industrial. Para os analistas do setor privado, a área manufatureira vai despencar 4,50% este ano e mostrar algum alento no ano que vem, mas essa premissa apresenta cada vez menos intensidade. Está em 0,57% pelo documento de ontem, foi de 0,80% uma semana antes e de 1,50% um mês atrás.
O setor externo ainda é o que traz boas notícias sobre a economia brasileira. A projeção para o superávit da balança comercial deste ano está em US$ 39,85 bilhões e a de 2017, em US$ 41,26 bilhões. Com esse saldo mais robusto, a perspectiva para o rombo das transações correntes recuou de US$ 29,95 bilhões para US$ 29,26 bilhões para este ano e de US$ 25 bilhões para US$ 24,45 bilhões no caso de 2017.
A expectativa, ainda de acordo com a pesquisa Focus, é a de que o câmbio encerre este ano comercializado a R$ 4,30 - de R$ 4,35 da semana passada. Para 2017, o consenso do mercado é de uma cotação de R$ 4,40, a mesma vista nas seis últimas edições do documento.
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