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Economia

- Publicada em 02 de Março de 2016 às 22:31

BC mantém taxa básica de juros em 14,25% ao ano

Agência Estado
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central resolveu manter pela quinta vez seguida a taxa básica de juros em 14,25% ao ano. Como nas últimas duas reuniões, a decisão não foi unânime: os diretores Sidnei Marques e Tony Volpon votaram para que a Selic subisse 0,5 ponto porcentual.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central resolveu manter pela quinta vez seguida a taxa básica de juros em 14,25% ao ano. Como nas últimas duas reuniões, a decisão não foi unânime: os diretores Sidnei Marques e Tony Volpon votaram para que a Selic subisse 0,5 ponto porcentual.
A votação dos dois diretores estava sendo considerada pelos analistas do mercado financeiro como um importante sinalizador dos próximos passos da política de juros do BC. A divisão no Copom reforça a avaliação de que, com a inflação ainda em patamar elevado, não há espaço para os juros caírem, como querem o PT, integrantes do governo e muitos setores da sociedade.
Assim como foi colocado na reunião do Copom de janeiro, o BC enfatizou que há incertezas - em especial, externas - para promover uma mudança no patamar dos juros básicos. Permaneceram os mesmos argumentos que dominaram o encontro passado, realizado em janeiro. O jornal "O Estado de S. Paulo" apurou que a ala majoritária, que decidiu pela manutenção dos juros, continua confiante de que o Brasil sofrerá uma onda desinflacionária que, junto com a redução das taxas mensais de inflação a partir de agora em relação aos mesmos períodos de 2015, ajudará a diminuir a inflação corrente e, por consequência, as expectativas.
As incertezas internacionais, principalmente em relação à atividade, têm sido o foco de todos os bancos centrais das grandes economias do mundo. A precaução continua sendo o fator chave neste momento, ainda que não haja mais o sentimento de susto com a drástica mudança do cenário internacional no início de 2016.
Já os diretores dissidentes optaram por manter a coerência de seus posicionamentos passados, que tinha como argumentação as expectativas elevadas do mercado em relação à inflação.
Queda
Para o economista-chefe do Banco Safara, Carlos Kawall, o BC adotou a melhor decisão, ao manter os juros em 14,25%, pois a inflação alta não dá espaço para a Selic cair. Na avaliação de Kawall, fatores como o IPCA elevado e expectativas de inflação para 2017 distantes do centro da meta não permitem que o BC reduza a Selic agora, apesar da forte recessão que o País enfrenta. "A Selic só deverá baixar no segundo semestre, quando ficar clara a queda da inflação", previu. Ele estimou que o Copom reduzirá a Selic em 19 de outubro em 0,50 ponto porcentual e repetirá o movimento no dia 30 de novembro, quando a taxa chegará a 13,25% ao ano.
"O BC só baixará a Selic quando o patamar do IPCA, que está em dois dígitos, baixar perto de dois pontos porcentuais, o que deverá ocorrer provavelmente em meados do ano", disse Italo Lombardi, economista sênior para a América Latina do banco Standard Chartered. "O BC manterá a postura cautelosa e não deverá mudar a condução da política monetária. A apreciação atual do câmbio é pontual, e não será um fator desinflacionário no curto prazo."
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