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Economia

- Publicada em 01 de Março de 2016 às 21:50

Camex toma decisão que traz benefício a Synthos

 BRASKEM EVENTO DE INAUGURAÇÃO DE SUA PLANTA DE BUTADIENO (MATÉRIA-PRIMA PARA PRODUÇÃO DE BORRACHAS, ESPECIALMENTE DE PNEUS),     NA FOTO: INSTALAÇÕES DA BRASKEN

BRASKEM EVENTO DE INAUGURAÇÃO DE SUA PLANTA DE BUTADIENO (MATÉRIA-PRIMA PARA PRODUÇÃO DE BORRACHAS, ESPECIALMENTE DE PNEUS), NA FOTO: INSTALAÇÕES DA BRASKEN


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Jefferson Klein
Conforme informação publicada ontem no Diário Oficial da União, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) negou pedido de reconsideração, feito pela empresa Lanxess, em relação à suspensão de um processo antidumping na área da borracha sintética. A determinação beneficia, entre outras companhias, a polonesa Synthos.
Conforme informação publicada ontem no Diário Oficial da União, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) negou pedido de reconsideração, feito pela empresa Lanxess, em relação à suspensão de um processo antidumping na área da borracha sintética. A determinação beneficia, entre outras companhias, a polonesa Synthos.
A Lanxess, que já possui produção de borracha sintética no Brasil, protocolou, no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), pedido de investigação de dumping sobre a importações brasileiras de borrachas originárias da União Europeia. Essa ação confrontava-se com os planos da Synthos, que pretende consolidar um nicho de mercado no País, através de produto estrangeiro, antes de construir uma planta no Rio Grande do Sul.
A empresa deseja implementar, no Polo Petroquímico de Triunfo, um complexo de fabricação de borracha sintética (polibutadieno) com capacidade para 80 mil a 90 mil toneladas ao ano. O investimento estimado é de aproximadamente R$ 640 milhões. Além da questão do processo de antidumping, outro fator que o grupo precisa resolver para levar sua ideia adiante é o fornecimento de matéria-prima. A companhia iniciou tratativas com a Braskem para a compra de butadieno, que é produzido pela controlada da Odebrecht também em Triunfo. No entanto, esse assunto acabou sendo atrapalhado pela demora da Braskem e da Petrobras em fecharem o acordo quanto ao abastecimento de nafta (matéria-prima do butadieno). O problema da nafta foi solucionado no final do ano passado, e fontes que acompanham o tema adiantam que, ainda neste mês, deverá ocorrer um encontro no Palácio Piratini, com o governador José Ivo Sartori e dirigentes da Synthos, para marcar a retomada das negociações do projeto da planta de borracha sintética no Estado.
Porém, se as notícias vindas da Camex são boas para o grupo polonês e devem contribuir para que a empresa concretize sua fábrica no polo petroquímico gaúcho, a decisão choca-se contra os interesses da Lanxess, que também possui uma fábrica de borracha sintética em Triunfo. A companhia avalia investir cerca de
€ 80 milhões para aprimorar tecnologicamente à sua unidade no Estado e trabalhar com um produto de maior valor agregado. O complexo seria destinado à produção de borracha de polibutadieno para suprir as indústrias brasileira e latino-americana de pneus de alta performance.
Contudo, em recente comunicado divulgado pelo grupo, a empresa afirmou que, "devido à recente decisão da Camex em suspender as medidas antidumping contra os produtores europeus de borracha sintética, a Lanxess, como produtora nacional, está analisando o impacto da medida sobre seus projetos estratégicos no segmento de borracha no Brasil".
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