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Repórter Brasília

- Publicada em 10 de Março de 2016 às 17:25

Os mimos de Cunha

A mais recente denúncia protocolada pela Procuradoria-Geral da República contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mostra que ele levou uma vida de luxo caríssima e, de acordo com o órgão, incompatível com o seu salário de deputado. O réveillon de 2013 do deputado foi em Miami, cidade no estado americano da Flórida que virou a meca dos endinheirados brasileiros. A festa da virada dele, de uma semana, custou US$ 42,2 mil. Três dias em Nova Iorque, no mesmo ano, custaram US$ 2,7 mil somente em hospedagem. Para o Ministério Público Federal, a rotina de gastos astronômicos de Cunha era alimentada com dinheiro proveniente do esquema de corrupção na Petrobras.
A mais recente denúncia protocolada pela Procuradoria-Geral da República contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mostra que ele levou uma vida de luxo caríssima e, de acordo com o órgão, incompatível com o seu salário de deputado. O réveillon de 2013 do deputado foi em Miami, cidade no estado americano da Flórida que virou a meca dos endinheirados brasileiros. A festa da virada dele, de uma semana, custou US$ 42,2 mil. Três dias em Nova Iorque, no mesmo ano, custaram US$ 2,7 mil somente em hospedagem. Para o Ministério Público Federal, a rotina de gastos astronômicos de Cunha era alimentada com dinheiro proveniente do esquema de corrupção na Petrobras.
Pequena ostentação
A vida luxuosa de Eduardo Cunha pode impressionar pelo tamanho e pela rotina dos gastos. Mas não é nada novo. A ostentação caminha com a corrupção. O exemplo mais extremo e ridículo foi da ex-prefeita de Bom Jardim (MA) Lidiane Leite. Ela ficou famosa por ostentar luxos nas redes sociais depois que foi eleita. A Polícia Federal descobriu que ela era beneficiária de um esquema de desvios de verbas para a educação.
Forma de compulsão
Os gastos astronômicos dos envolvidos em corrupção têm duas funções: uma psicológica, para mostrar que o corrupto tem acesso às "coisas boas"; e outra prática, lavar dinheiro. O dinheiro que vai para restaurantes, roupas de grife e viagens entra na categoria de ostentação. "É para se vangloriar, mostrar que é capaz, diferente e tem acesso a certos bens que a maioria não tem. É uma forma de compulsão", explicou o cientista político da Universidade de Brasília David Fleischer. Na segunda categoria entram as compras de joias, obras de arte, cavalos e bois. São bens que não perdem o valor ao longo do tempo e cujo custo flutua e não tem parâmetros, facilitando uma declaração fraudulenta. "Já vimos na Lava Jato coleções de obras de arte", afirmou Fleischer.
Corte profundo
O corte de R$ 341 milhões do governo federal para a subvenção ao seguro-agrícola neste ano e alternativas para auxiliar os produtores serão temas abordados em audiência pública da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado nesta sexta-feira, em Não-Me-Toque. O debate é de iniciativa da senadora Ana Amélia (PP-RS), que está preocupada com o corte. "Muitos setores sofreram perdas consideráveis nos últimos anos, e a garantia de um valor maior para a subvenção ao seguro é fundamental para a proteção às lavouras", disse. O total de verbas previsto caiu de R$ 741 milhões para R$ 400 milhões.
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