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Repórter Brasília

- Publicada em 06 de Março de 2016 às 22:23

Semana ruim para o PT

Primeiro foi a delação do senador Delcídio Amaral (PT-MS), que acusou a presidente Dilma Rousseff (PT) e o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) de estarem no epicentro do esquema de desvio de recursos da Petrobras, investigado pela Operação Lava Jato. Depois foi a operação da Polícia Federal que disponibilizou 200 homens para levar Lula a depor. No espaço de menos de 48 horas, o governo foi abalado por um cataclisma. Dilma convocou às pressas uma reunião com os ministros da Casa Civil, Jaques Wagner (PT), da Secretaria de Governo da Presidência, Ricardo Berzoini (PT), da Justiça, Wellington César, da Advocacia-Geral da União, José Eduardo Cardozo (PT), e da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva (PT). O assunto era a delação de Delcídio. A oposição fez o mesmo e se reuniu para reforçar o pedido de impeachment de Dilma. Delcídio, por sua vez, negou tudo o que foi publicado pela revista IstoÉ.
Primeiro foi a delação do senador Delcídio Amaral (PT-MS), que acusou a presidente Dilma Rousseff (PT) e o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) de estarem no epicentro do esquema de desvio de recursos da Petrobras, investigado pela Operação Lava Jato. Depois foi a operação da Polícia Federal que disponibilizou 200 homens para levar Lula a depor. No espaço de menos de 48 horas, o governo foi abalado por um cataclisma. Dilma convocou às pressas uma reunião com os ministros da Casa Civil, Jaques Wagner (PT), da Secretaria de Governo da Presidência, Ricardo Berzoini (PT), da Justiça, Wellington César, da Advocacia-Geral da União, José Eduardo Cardozo (PT), e da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva (PT). O assunto era a delação de Delcídio. A oposição fez o mesmo e se reuniu para reforçar o pedido de impeachment de Dilma. Delcídio, por sua vez, negou tudo o que foi publicado pela revista IstoÉ.
Estrago feito
O procurador da Lava Jato Carlos Fernando Lima negou a existência da delação. "Não temos nem sequer ideia de que essas informações prestadas à revista, esses vazamentos, existem." Independentemente disso, o estrago já estava feito. O que foi publicado serviu para a oposição fortalecer ainda mais o pedido de impeachment e a base aliada se dividir ainda mais. Dilma, que já estava em maus lençóis com o seu partido, o PT, viu os apoios ficarem mais raros. O líder do DEM, deputado Pauderney Avelino, informou que os partidos de oposição deverão solicitar ao Supremo a abertura de investigação contra a presidente.
Radicalização maior
A condução coercitiva de Lula, em compensação, caiu no colo do governo como uma benção. Se até o PT estava se afastando de Dilma, a ida de Lula ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, para prestar depoimento, com direito a um batalhão de policiais, serviu para unir o PT. "Essa ação, se não resultar em novas provas, só servirá para aumentar mais ainda a radicalização do processo", disse o doutor em Ciência Política pela Universidade de Brasília Leonardo Barreto. Lula chegou a pedir a suspensão da operação contra ele no Supremo Tribunal Federal. De acordo com os seus advogados, o Ministério Público Federal e o Ministério Público de São Paulo não podem investigar o mesmo fato.
Impeachment no centro
Segundo Barreto, a substituição do governo é inevitável, "seja pelo Tribunal Superior Eleitoral ou pelo impeachment", diz. Só que o depoimento de Lula fez com que a militância petista voltasse para a rua. O resultado foi óbvio. Petistas e anti-petistas entraram em confronto na frente de Congonhas. Com a militância reforçada, a bancada petista fica unida em torno da resistência ao impeachment. Mas a operação também poderá precipitar o impeachment. "A oposição tem medo de pedir o impedimento de Dilma e ser escanteada. Se houver provas novas, os deputados da base poderão votar contra a presidente e o Senado terá dificuldade de vetar", explicou.
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