Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Portos

- Publicada em 28 de Março de 2016 às 22:10

Se ampliar contrato, Píer Mauá promete investir

 ONE OF THE LATEST US NAVY VESSELS, THE USS AMERICA (LHA6), IS SEEN DOCKED AT PIER MAUA IN RIO DE JANEIRO ON AUGUST 6, 2014. THE SHIP IS ON ITS MAIDEN VOYAGE AROUND THE AMERICAS. AFP PHOTO/EDUARDO MARTINO

ONE OF THE LATEST US NAVY VESSELS, THE USS AMERICA (LHA6), IS SEEN DOCKED AT PIER MAUA IN RIO DE JANEIRO ON AUGUST 6, 2014. THE SHIP IS ON ITS MAIDEN VOYAGE AROUND THE AMERICAS. AFP PHOTO/EDUARDO MARTINO


EDUARDO MARTINO/AFP/JC
A gestão privada dos portos de passageiros no País também pode, na expectativa do governo, ajudar a recolocar o Brasil em rotas de cruzeiros, que vem evitando a nossa costa. Desde 2010, o número de grandes navios vem caindo vertiginosamente. No verão de 2010 e 2011, foram 20 os transatlânticos no País e, no último, foram 10. A previsão da Clia Abremar para o próximo verão é de apenas cinco embarcações.
A gestão privada dos portos de passageiros no País também pode, na expectativa do governo, ajudar a recolocar o Brasil em rotas de cruzeiros, que vem evitando a nossa costa. Desde 2010, o número de grandes navios vem caindo vertiginosamente. No verão de 2010 e 2011, foram 20 os transatlânticos no País e, no último, foram 10. A previsão da Clia Abremar para o próximo verão é de apenas cinco embarcações.
Embora os navios sejam cada vez maiores, o número de passageiros também caiu, de 792 mil no verão 2010/2011 para 597 mil no último. O mercado brasileiro quer, com esses novos portos sob gestão privada, concorrer por uma fatia maior do setor internacional de cruzeiros. Até 2020, devem ser levados ao mar quase 50 novos navios transatlânticos no mundo. O governo brasileiro espera dobrar a circulação de passageiros no País no médio prazo.
A criação de novos portos no País ajudaria a tornar o Brasil uma rota efetiva, o que acabou se perdendo nos últimos anos por condições conjunturais - de câmbio e queda das tarifas aéreas, principalmente - e de infraestrutura, área em que perdemos para os portos do Caribe, principalmente. "Os portos no Nordeste são muito bem-vindos, não são concorrentes. Um bom atendimento aos passageiros no Brasil inteiro aumenta o ímpeto dos potenciais turistas de vir para cá", disse Américo Relvas da Rocha, diretor de operações do Píer Mauá, no Rio.
O leilão de terminais de carga no Pará, um investimentos de R$ 1,6 bilhão que seria realizado neste dia 31 de março, foi adiado por até 30 dias. O governo federal, porém, não prevê que as seis áreas que serão oferecidas terão demanda do mercado. Segundo um técnico do governo, se quatro ou mais áreas forem arrematadas, isso já será positivo. "Há melhores e piores. Se não der para leiloar os seis, não tem problema. No anterior, de um total de quatro, três foram leiloados, o que consideramos um sucesso", disse a fonte do governo. Há pressões dentro do governo para que, logo após esse leilão, sejam publicados os editais da concessão do terminal de passageiros de Salvador e o novo terminal de grãos do Rio, com valor de R$ 380 milhões, que atende principalmente à importação e armazenagem de trigo pelo estado. O terminal antigo foi interrompido em razão do projeto do Porto Maravilha.
O Píer Mauá, controlado pela Infrasul, de Santa Catarina, já apresentou ao governo oficialmente um pedido de ampliação do seu contrato para operação do terminal de passageiros, que vence em 2024, por mais 25 anos. Em troca, a empresa promete novos investimentos para elevar a capacidade de atendimento aos turistas e melhorar a sua estrutura local. O pedido, porém, ainda não começou a ser analisado pela área técnica do governo.
Desde a nova Lei dos Portos, de 2013, diversos terminais de cargas já conseguiram, junto à Secretaria Especial dos Portos (SEP) e à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), a permissão para ampliar seus contratos em troca de novos investimentos. "O Píer Mauá tem interesse em ampliar o seu contrato, com plano de expansão do terminal", disse Américo Relvas da Rocha, diretor de operações do Píer.
Essa ampliação se daria principalmente pelo Armazém 5. O projeto também se integra ao plano da prefeitura para a área, em que o Píer Mauá cederia os armazéns 1, 2 e 3 de sua concessão para a instalação de áreas de lazer e restaurantes. O plano prevê que o terminal receba futuramente até um milhão de passageiros ao ano. Essa demanda já chegou a ser de 600 mil passageiros, mas recuou a pouco mais da metade nos últimos anos, acompanhando a queda do número de passageiros em cruzeiros no Brasil.

Porto do Rio Grande exportará 10% mais de soja neste ano

O porto do Rio Grande prevê escoar entre março e setembro, período que concentra as exportações de grãos do Estado, volume de soja 10% superior ao embarcado no mesmo período do ano passado, que foi de 9,918 milhões de toneladas. O diretor técnico da autarquia portuária, Darci Antônio Tartari, em reuniões recentes discutiu as necessidades para o escoamento da safra, entre elas o acesso rodoviário. "A grande necessidade é a duplicação da BR-392 dentro na região do porto, porque quando os caminhões chegam aos terminais se defrontam com uma rodovia de pista simples", contou Tartari.
Até 29 de fevereiro, 722.314 mil toneladas de produtos do complexo soja (grão, farelo e óleo) tinham sido embarcadas, das quais 392.074 toneladas somente de grãos. Segundo Tartari, o agronegócio responde por cerca de 50% do total de cargas movimentadas no porto gaúcho. Dentre as cargas relacionadas à agropecuária estão produtos do complexo soja, trigo, milho, arroz, fertilizantes, tratores e colheitadeiras.
Considerando todas as cargas movimentadas, a projeção é de que um volume 8% maior passe pelo porto de Rio Grande em 2016, em linha com o crescimento verificado em 2015. Para melhorar a movimentação será feita dragagem no canal de acesso ao Superporto, onde os terminais privados exportam grãos, e ao Porto Novo, área pública de movimentação de celulose, madeira, fertilizantes, arroz e outras cargas. O início está previsto para o segundo semestre.