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JC Contabilidade

- Publicada em 20 de Março de 2016 às 16:21

As IFRS na América Latina


ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC
Com a criação de vários blocos econômicos, houve a necessidade de estruturar a contabilidade mundial. Todas as normas brasileiras, argentinas, colombianas, chilenas, mexicanas e peruanas foram igualmente convertidas ao padrão internacional de contabilidade. Diante de tais perspectivas dos padrões mundiais, alinharam-se as normas e práticas contábeis de cada país às Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS, na sigla em inglês para International Financial Reporting Standards).
Com a criação de vários blocos econômicos, houve a necessidade de estruturar a contabilidade mundial. Todas as normas brasileiras, argentinas, colombianas, chilenas, mexicanas e peruanas foram igualmente convertidas ao padrão internacional de contabilidade. Diante de tais perspectivas dos padrões mundiais, alinharam-se as normas e práticas contábeis de cada país às Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS, na sigla em inglês para International Financial Reporting Standards).
As IFRS vieram para aperfeiçoar os efeitos contábeis, mudaram a forma de apresentação das Demonstrações Financeiras e permitiram a padronização de informações financeiras e econômicas entre empresas de mesmo setor, porém ficaram marcadas por enormes desafios. Segundo Nelson Carvalho, ex-presidente do IASB, "as IFRS permitem que a contabilidade deixe de ser dos contadores e passe a ser um assunto de toda a empresa. É uma mudança que traz desafios".
Diante dos desafios, o conjunto "gaaps" e as normas internacionais constituem-se em um processo complexo, pois, assim como existem semelhanças, há diferenças entre o conjunto. Desta forma, esse processo de convergência das Normas Internacionais de Contabilidade, tanto no Brasil quanto nos países da América Latina, vai além das alterações e aplicações técnicas, pois esta mudança impacta nos desafios do dia a dia de uma organização.
Uma pesquisa realizada no ano de 2015 entre órgãos reguladores de cada país revelou que os países da América Latina demoraram mais tempo para aderir às normas internacionais. O processo de implementação aos padrões IFRS destes países passou por um severo critério de adaptação. Principalmente na Colômbia e no Peru, houve a necessidade de ter um quadro regulamentar mais fácil e adequado à realidade dos países.
No caso do Peru, as pequenas e médias empresas (PMEs) e microempresas representam 99% de todas as empresas do país, salientando-se que as IFRS estão comprometidas, especialmente, com as grandes empresas, devido à necessidade de compartilhar informações entre usuários externos. O Chile foi o país que conseguiu trabalhar muito bem a questão das IFRS, pois, desde o início do século, tratava de adaptar a contabilidade aos padrões IFRS, apesar da obrigatoriedade ocorrer somente em 2013.
A Argentina realizou sua adoção aos padrões IFRS apenas em companhias com negociações na bolsa de valores em 2012, porém sua adoção iniciou-se em 2008. Neste país, existe uma questão política, ou seja, o governo argentino é federalista, significando que cada um dos estados é autônomo para a questão das normas internacionais. Quanto ao México, este sofreu forte influência dos Estados Unidos em seu tratamento contábil. Iniciaram, primeiramente, seus estudos com US Gaap x IFRS e buscaram eliminar diferenças dos padrões mexicanos aos padrões IFRS. O plano de adoção iniciou-se em 2008 e, após quatros anos, ocorreu à obrigatoriedade em empresas controladas e não controladas.
Atualmente, existem algumas diferenças da prática contábil entre os US Gaap versus IFRS. É interessante notar que, nos países da América Latina, a adoção ocorreu com muita cautela, sendo que a adoção foi integral, pois o Brasil foi o único país que adotou as normas em duas fases: a Adoção Inicial para a convergência parcial em 2008 e a Adoção Obrigatória, em 2010, à chamada "integral convergência", conhecida em âmbito internacional Full IFRS.
Os padrões IFRS demandam muitos desafios, pois, quando se fala em contabilidade, fala-se de um trabalho diário que demanda informações aos padrões IFRS. Todo esse processo deve ser visto como positivo. A partir do momento em que a companhia passa pelo processo da "virada de chave" e começa a olhar as informações como versa a Framework - Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade do IASB, o processo passa apenas para as adaptações.
Contadora
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