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Formada em Ciências Contábeis e em Direito, a porto-alegrense Andrea De Nes recorreu ao formato EaD para complementar sua formação. Depois de concluir o primeiro MBA a distância em uma instituição de ensino gaúcha, ela conclui em setembro mais um MBA, também feito on-line.
A primeira experiência na modalidade a distância, conta, não foi tão satisfatória. Embora ela saliente que apreendeu o conteúdo, a metodologia ficou abaixo do esperado. "Faltava interação com os professores", critica. Por isso, quando decidiu pelo segundo MBA pesquisou bastante antes de sacramentar a decisão. Escolheu cursar MBA em Gestão em Business Law em uma das instituições mais conceitadas na área, a FGV On-line.
Uma das primeiras vantagens que ela frisa é não precisar se deslocar diariamente para uma instituição de ensino. Dentro de casa, em um canto confortável e silencioso do próprio quarto, ela tem tudo o que precisa para aprofundar seus conhecimentos: um computador. O material didático está disponibilizado totalmente no ambiente virtual de aprendizagem. É pelo dispositivo, também, que são realizadas reuniões de grupo e interações com os professores.
As provas e os seminários em grupo, no entanto, são realizados presencialmente. Por isso, em média a cada três meses, Andrea viaja para a capital carioca, onde a turma, que conta com alunos de várias regiões do País, se encontra. A turma fortalece a interação recorrendo aos recursos de comunicação que podem ser utilizados a qualquer momento, como o WhatsApp, que permite a troca de informações acadêmicas e profissionais.
Aluno precisa disciplinar e gerir o próprio conhecimento
Andrea De Nes e Marcelo Augusto Ferreira fazem parte de um grupo cada vez mais crescente de pessoas que usufruem dos recursos tecnológicos em busca da formação em instituições consagradas de ensino. Se não fosse pela modalidade EaD, só conseguiriam estudar na UFSC ou na FGV Rio se optassem por mudarem suas vidas do Rio Grande do Sul para outros estados.
Nos cursos on-line, os dois alunos tiveram acesso aos mesmos professores e aos mesmos diplomas concedidos na modalidade presencial, mas tiveram que contar com ingredientes a mais para levar as formações até o fim: muita disciplina. "Você pode estudar no seu tempo, quando quiser, mas se deixar as coisas acumularem demais, vai ter muita dificuldade em seguir adiante", comenta Andrea.
O exemplo dado pela aluna é um velho conhecido de todos nós. Protelar atividades e até horas de estudo é uma realidade em qualquer nível de educação - desde crianças temos que contrariar o desejo de brincar para nos dedicarmos às tarefas de casa. Para o aluno que é dono do próprio tempo e o único responsável por gerenciar as horas que serão dedicadas à aprendizagem, a tentação pode ser grande e colocar em risco a conclusão dos estudos. "Não tem jeito. Você pode até deixar acumular alguma coisa, mas isso não é ideal. É muito melhor estudar todos os dias", orienta Andrea.
"No curso a distância, o aluno tem que procurar fazer alianças com os colegas, buscar uma troca de conhecimento para suprir a presença do professor", orienta Ferreira. Essa troca de experiência, cada vez mais estimulada nos cursos a distância, aprofunda o comprometimento com o curso. "Todo aluno tem mais afinidade com algumas matérias e dificuldades em outras, e os colegas podem ajudar bastante a contornar essas dificuldades", esclarece o recém-diplomado economista.