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Política

- Publicada em 22 de Fevereiro de 2016 às 22:19

João Santana e Odebrecht são alvo de investigações

O juiz Sérgio Moro decretou a prisão do marqueteiro João Santana e de sua mulher e sócia, a jornalista Mônica Moura, sob acusação de terem recebido US$ 7,5 milhões, o equivalente a R$ 30 milhões, em contas no exterior. Há suspeitas de que os recursos, não contabilizados, tenham saído de contratos da Petrobras. Do total, US$ 3 milhões foram pagos pela empreiteira Odebrecht e US$ 4,5 milhões pelo lobista Zwi Skornicki, segundo a Polícia Federal (PF).
O juiz Sérgio Moro decretou a prisão do marqueteiro João Santana e de sua mulher e sócia, a jornalista Mônica Moura, sob acusação de terem recebido US$ 7,5 milhões, o equivalente a R$ 30 milhões, em contas no exterior. Há suspeitas de que os recursos, não contabilizados, tenham saído de contratos da Petrobras. Do total, US$ 3 milhões foram pagos pela empreiteira Odebrecht e US$ 4,5 milhões pelo lobista Zwi Skornicki, segundo a Polícia Federal (PF).
Skornicki, que foi preso, e Santana foram alvos da 23ª fase da Operação Lava Jato, chamada Acarajé, termo usado por alguns investigados para se referir a dinheiro em espécie para pagar propina. Houve buscas nos escritórios da Odebrecht em São Paulo, no Rio e em Salvador. Ao todo, houve 38 mandados de busca e apreensão, dois de prisão preventiva, seis de temporária e cinco de condução coercitiva. A PF apontou em relatório que "há forte probabilidade" de que os pagamentos tenham "vinculação direta" aos serviços que Santana prestou ao PT. O marqueteiro foi responsável pelas campanhas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2006) e da presidente Dilma Rousseff (2010 e 2014). O publicitário e a mulher, que estavam na República Dominicana fazendo a campanha à reeleição do atual presidente, Danilo Medina, devem chegar hoje ao Brasil.
O juiz Moro tem enviado ao Tribunal Superior Eleitoral, que analisa a legalidade das contas de Dilma na campanha de 2014, documentos que levantem suspeitas sobre a lisura dos pagamentos.
A PF chegou aos supostos recursos ilícitos recebidos por Santana após apreender, em fevereiro do ano passado, um bilhete enviado pela mulher de Santana a Skornicki, representante no Brasil do estaleiro Keppel Fels, de Cingapura. Na mensagem, ela dizia, sobre contrato que usariam para receber recursos: "Apaguei, por motivos óbvios, o nome da empresa. Não tenho cópia eletrônica, por segurança". Para o juiz, o uso das expressões "indicam não só o dolo, mas a consciência de ilicitude das transações".
A PF conseguiu descobrir que a empresa era a Klienfeld Services Ltd., já conhecida da Lava Jato, por ter sido usada para pagar propina a executivos da Petrobras como Pedro Barusco, Renato Duque e Paulo Roberto Costa. A Klienfield seria uma offshore ligada à Odebrecht. Além dela, outra empresa nos mesmos moldes, a Innovation, teria sido usada para enviar recursos ao marqueteiro. No bilhete, Mônica também citava a empresa de Santana fora do Brasil que receberia os US$ 4,5 milhões, a Shellbill, e o banco com o qual trabalhavam na Suíça. Como o pagamento foi feito no Citibank, correspondente do banco suíço nos EUA, os procuradores pediram ajuda às autoridades norte-americanas.
O juiz aponta ainda que anotações encontradas no celular de Marcelo Odebrecht fazem "provável referência" a Santana, que seria chamado de "Feira" pelo executivo que está preso desde junho. Entre outras anotações, havia frases como "liberar p/Feira pois meu pessoal não fica sabendo" e "40 para vaca (parte para Feira)". "Vaca", na visão da PF, seria o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. Ainda ontem, Moro determinou o bloqueio de R$ 100 milhões de Santana, da mulher dele, Monica, e das duas empresas controladas pelo casal, a Santana & Associados Marketing e Propaganda Ltda. e a Polis Propaganda & Marketing Ltda.
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